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MÉDICOS DIZEM O QUEREM PARA O PSF

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Na mesa, os médicos José Márcio, Djalma Breda, Wellington Galvão,
Daniel Alves e Edilma Barbosa durante o debate com a plenária


Salários melhores, direito a 13º integral e a férias remuneradas, melhores condições de trabalho, melhor estrutura nos postos de saúde, medicamentos para a população. Essas são algumas das reivindicações dos médicos que trabalham no Programa Saúde da Família (PSF), em Alagoas. Trabalho e remuneração no PSF foram os temas centrais do I Encontro Sinmed de Médicos da Família, realizado na última quinta-feira (27), no auditório do Sindicato.

Médicos do PSF de todas as regiões de Alagoas, secretários municipais de Saúde e o um prefeito de Maribondo participaram do encontro. Formaram a mesa o presidente do Sinmed, Wellington Galvão, e a diretora Edilma Barbosa, além diretor da Associação de Médicos da Família de Alagoas, Daniel Alves, e, representando os gestores, o prefeito de Maribondo, médico José Márcio Tenório de Melo, e o secretário da Saúde de Coruripe, medico Djalma Breda.

A diretoria do Sinmed expôs aos presentes as queixas mais comuns que recebe dos médicos que atuam no PSF em todo o Estado, além de falar dos esforços para negociar com os gestores e da dificuldade em conseguir que as reivindicações sejam atendidas. Os gestores reclamaram da falta de recursos financeiros para a Saúde, e alegaram dificuldades para manter as equipes do PSF, que além de médicos contam com outros profissionais de nível superior e nível médio.

Pelo que se pode constatar dos depoimentos dos médicos e gestores, o PSF em Alagoas foge totalmente ao que é preconizado pelo Ministério da Saúde. Em alguns casos, as prefeituras adaptam a carga horária dos médicos ao que podem pagar, o que faz com que muitas equipes não funcionem como deveriam, prejudicando a assistência à população.

Os médicos também questionaram as novas regras que a Associação dos Municípios de Alagoas (AMA) definiu e pretende impor aos médicos, entre elas o cumprimento da carga horária de 40 horas semanais, preconizada pelo MS. A AMA, no entanto, não chamou representantes dos médicos para as discussões e também não falou em melhoria de salários ou de condições trabalhistas dos médicos.


Como resultado do encontro, os médicos defi-niram objetivos e estratégias de luta para melhoria das condições de trabalho e de remuneração no PSF. A categoria vai lutar por salário líquido de R$ 10 mil, mais bonificação proporcional à distância do município em relação à capital, a partir da distância de 100km, e um Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos específico para os médicos do PSF.


Também ficou decidido que os médicos não participarão de mobilizações de outras categorias de nível superior do PSF, travando suas lutas de forma independente e sob o comando do Sinmed, que ficará à frente das negociações com os gestores.


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