Protocolo de Recife: guia de tratamento para raiva humana |
Em 2004, nos Estados Unidos, foi feito o primeiro relato da literatura internacional de cura da raiva em paciente que não recebeu vacina. Nesse caso, foi realizado um tratamento baseado na utilização de antivirais e sedação profunda, denominado de Protocolo de Milwaukee*.
Em 2008, no Brasil, na Unidade de Terapia Intensiva do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, da Universidade de Pernambuco, em Recife (PE), um tratamento semelhante ao utilizado na paciente norte-americana foi aplicado em um jovem de 15 anos, mordido por um morcego hematófago, tendocomo resultados a eliminação viral (clearance viral) e a recuperação clínica.
A primeira cura de raiva humana no Brasil e o sucesso terapêutico da paciente dos Estados Unidos abriram novas perspectivas para o tratamento desta doença, até então considerada letal. Diante disso, o Ministério da Saúde reuniu especialistas no assunto e elaborou o primeiro protocolo brasileiro de tratamento para raiva humana, baseado no protocolo americano de Milwaukee.
Epidemiologia e Serviços traz novo protocolo clínico da raiva.
Esse protocolo tem como objetivo orientar a condução clínica de pacientes com suspeita de raiva, na tentativa de reduzir a mortalidade dessa doença. Como a primeira experiência de cura no Brasil ocorreu na capital pernambucana, esse protocolo foi denominado Protocolo de Recife.
O documento foi publicado na Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde (vol. 18, nº 4, de outubro/dezembro de 2009), que pode ser acessada aqui
Autor: Grupo Técnico da Raiva da Coordenação de Vigilância das Doenças Transmitidas por Vetores e Antropozoonoses, da Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde
Contato: raiva@saude.gov.br
Fonte: Núcleo de Comunicação da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde