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Hantavirose : Diagnóstico diferencial com outras patologias

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Quem procura o que não conhece, nunca vai encontrar !

É o meu pensamento em relação o saber médico em decorrência das diversas patologias que a cada dia são descobertas e aprimoradas através das pesquisas e evolução natural do conhecimento humano.O que se pensava no meio médico em 1918 quando da pandemia de Gripe Espanhola ,hoje é simplesmente na maioria das vezes uma história romântica da medicina com os conceitos em grande parte reformulados.São as adversidades e o risco iminente de morte que estimulam o senso e a capacidade de lutar pela vida,um dos instintos primus de preservação da espécie Humana .Portanto o médico hoje precisa ter: O conhecimento,a vivência,e a lógica ,fatores basilares para um Diagnóstico Clínico inicial preciso das Doenças que assolam a Humanidade.

"Sapientia longe preestat divitiis(Acaba-se o haver, fica o saber)"

Mário Augusto




Hantavirose

1. O que é?

As hantaviroses são zoonoses virais agudas, cujas
infecções em humanos podem apresentar duas
formas clínicas: a FHSR e a SCPH.

2. Qual o microrganismo envolvido?

É causada por vírus RNA, pertencentes à família
Bunyaviridae, gênero Hantavirus.

3. Quais os sintomas?

Na fase inicial, febre, mialgias, cefaléia, dor lombar,
dor abdominal e sintomas gastrointestinais, e na
fase cardiopulmonar, febre, dispnéia, taquipnéia,
taquicardia, tosse seca, hipotensão, edema pulmonar
não cardiogênico, com o paciente evoluindo para
insuficiência respiratória aguda e choque circulatório.

4. Como se transmite?

Inalação de aerossóis formados a partir de secreções e
excretas dos reservatórios.

5. Como tratar?

Não existe um tratamento específico para as infecções
por hantavírus. As medidas terapêuticas são também
fundamentalmente de suporte. Assim como na SCPH,
o tratamento da FHSR é feita a partir de medidas de
suporte e observação.

6. Como se prevenir?

A prevenção das hantaviroses baseia-se na utilização
de medidas que impeçam o contato do homem com
os roedores silvestres e suas excretas.
As medidas de controle deve conter ações de combate aos reservatórios para manter a área livre da presença desses animais, como, por exemplo, roçar o terreno em volta da casa, dar destino adequado aos entulhos existentes, manter alimentos estocados em recipientes fechados e à prova de roedores, além de outras medidas que impeçam a interação entre o homem e roedores silvestres, nos locais onde é conhecida a presença desses animais.

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LEPTOSPIROSE

1. O que é?

A leptospirose é uma doença infecciosa transmitida
ao homem, principalmente, durante as enchentes.

2. Qual o microrganismo envolvido?

A doença é causada por uma bactéria chamada
Leptospira, presente na urina de ratos e outros animais
(bois, porcos e cães também podem adoecer e
transmitir a leptospirose ao homem).

3. Quais os sintomas?

Os principais são: febre, dor de cabeça, dores pelo
corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna);
podem também ocorrer vômitos, diarréia e tosse.
Nas formas graves geralmente aparece icterícia
(pele olhos amarelos) e há a necessidade de internação
hospitalar.

4. Como se transmite?

Durante as enchentes, a urina dos ratos, presente
nos esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à
lama. Qualquer pessoa que tiver contato com a água
ou lama pode infectar-se. As leptospiras penetram
no corpo pela pele, principalmente por arranhões
ou ferimentos. O contato com esgotos, lagoas, rios
e terrenos baldios também podem propiciar a infecção.
Veterinários e tratadores de animais podem adquirir
a doença pelo contato com a urina, sangue, tecidos
e órgãos de animais infectados.

5. Como tratar?

Uso de medicamentos e outras medidas, de acordo
com os sintomas, orientado sempre por um médico.
Os casos leves são tratados em ambulatório, mas os
casos graves precisam ser internados. A automedicação
não é indicada, pois pode agravar a doença.

6. Como se prevenir?

Medidas ligadas ao meio ambiente: obras de
saneamento básico (abastecimento de água, lixo
e esgoto), melhorias nas habitações humanas e o
controle de roedores.

Evitar o contato com água ou lama de enchentes
e impedir que crianças nadem ou brinquem nessas
águas. Pessoas que trabalham na limpeza de lama,
entulhos e desentupimento de esgoto devem usar
botas e luvas de borracha (ou sacos plásticos
duplos amarrados nas mãos e nos pés).

A água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) mata
as leptospiras e deve ser utilizada para desinfetar
reservatórios de água: um litro de água sanitária
para cada 1.000 litros de água do reservatório.
Para locais e objetos que entraram em contato com
água ou lama contaminada: diluir um copo de água
sanitária em um balde de 20 litros de água.Justificar

Combate aos ratos: acondicionamento e destino
adequado do lixo, armazenamento apropriado de
alimentos, desinfecção e vedação de caixas d´água,
vedação de frestas e aberturas em portas e paredes,
etc. O uso de venenos raticidas (desratização) deve
ser feito por técnicos devidamente capacitados.

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Doenças Infecciosas que fazem diagnóstico diferencial  com a Leptospirose


DENGUE

1. O que é?

É uma doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou grave. Isso vai depender de diversos fatores, entre eles: o vírus e a cepa envolvidos, infecção anterior pelo vírus da dengue e fatores individuais como doenças crônicas (diabetes, asma brônquica, anemia falciforme).

Qual o microrganismo envolvido?

É um vírus RNA. Arbovírus do gênero Flavivirus, pertencente à família Flaviviridae. São conhecidos quatro sorotipos:1, 2, 3 e 4.

2. Quais os sintomas

O doente pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar um sinal de alarme para dengue hemorrágica. Esse é um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal.

É importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros sintomas, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com outras doenças, como febre amarela, malária ou leptospirose e não servem para indicar o grau de gravidade da doença.

3. Como se transmite?

A doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Não há transmissão pelo contato direto com um doente ou suas secreções, nem por meio de fontes de água ou alimento.

4. Como tratar?

Deve-se ingerir muito líquido como: água, sucos, chás, soros caseiros, etc. Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetil salicílico e antiinflamatórios, como aspirina e AAS, pois podem aumentar o risco de hemorragias. Os sintomas podem ser tratados com dipirona ou paracetamol.

5. Como se prevenir?

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

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Febre Amarela

1. O que é?

É uma doença infecciosa febril aguda, de curta duração
(no máximo 12 dias), e de gravidade variável. Possui
dois ciclos de transmissão: o silvestre (que ocorre entre
primatas não humanos, onde o vírus é transmitido por
mosquitos silvestres) e o urbano (erradicado no Brasil
desde 1942).

2. Qual o microrganismo envolvido?

O vírus da febre amarela, pertencente ao gênero
Flavivirus, da família Flaviviridae.

3. Quais os sintomas?

Dependendo da gravidade, a pessoa pode sentir
febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores
no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos)
e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino
e urina).

4. Como se transmite?

Pela picada dos mosquitos (fêmeas) transmissores infectados.

5. Como tratar?

Não existe medicamento para combater o vírus da FA.
O tratamento é apenas sintomático e requer cuidados
na assistência ao paciente que, sob hospitalização,
deve permanecer em repouso com reposição
de líquidos e das perdas sangüíneas, quando indicado.
Nas formas graves, o paciente deve ser atendido numa
Unidade de Terapia Intensiva.

6. Como se prevenir?

A única forma de evitar a febre amarela é a
vacinação. A vacina é gratuita e está disponível nos
postos de saúde em qualquer época do ano.
É administrada em dose única a partir dos 9 meses
de idade e é válida por 10 anos. Deve ser aplicada
10 dias antes da viagem para as áreas de risco de
transmissão da doença.


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Febre do Nilo Ocidental

1. O que é?

A febre do Nilo é uma virose transmitida ao homem
por um vetor - mosquito, contaminado ao se alimentar
do sangue de uma ave infectada. Os mamíferos não
desenvolvem níveis suficientes do vírus para infectar
mosquitos e, portanto, não podem servir como
reservatórios, mas a infecção nos mamíferos pode
resultar em meningo-encefalite severa e potencialmente
fatal.

2. Qual o microrganismo envolvido?

O vírus do Nilo Ocidental (VNO) é um flavivírus da mesma
família da febre amarela e dengue.

3. Quais os sintomas?

Em humanos, se apresenta de duas formas: branda
ou severa.
Sintomatologia da Forma branda:
Febre, cefaléia e dores musculares
Rash e linfodenomegalia
Em 20% dos infectados
Sintomatologia da Forma severa:
Dor de cabeça, febre alta, rigidez de nuca, desorientação,
coma, tremores, convulsão, fraqueza muscular e paralisia.

4. Como se transmite?

A doença é contraída após a picada pelo mosquito
infectado. O mosquito, uma vez picada a ave infectada,
tem o poder de transmitir esse vírus a outros mamíferos
e, principalmente, a outras aves que são os principais
reservatórios.

5. Como tratar?

Não há tratamento nem vacina disponível para humanos.
Para os casos severos, a internação é obrigatória
devido à necessidade de terapia intensiva, reposição
intravenosa de líquidos, manejo das vias aéreas,
prevenção de infecções secundárias, entre outras.

O tratamento ainda hoje é sintomático, atingindo
apenas os sintomas que esse paciente estiver
apresentando.

6. Como se prevenir?
Evitar locais onde se encontram os mosquitos
transmissores em abundância. Caso a pessoa não
tenha opção, tentar se prevenir ao máximo para
evitar a transmissão através da picada. Evitar acúmulo
de lixo, água parada e matéria orgânica, pois são
fontes de proliferação de mosquitos. Evitar sair às
ruas no momento de maior movimentação dos
mosquitos (entardecer e amanhecer). O uso de
repelentes pode ajudar a evitar o contato com mosquitos.

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Febre Maculosa

1. O que é?

A febre maculosa brasileira (FMB) é uma doença
infecciosa febril aguda, com elevada taxa de
letalidade, adquirida pela picada do carrapato.

2. Qual o microrganismo envolvido?

Rickettsia rickettsii, bactéria gram-negativa
intracelular obrigatória.

3. Quais os sintomas?

Febre de início súbito, cefaléia, mialgia e história
de picada de carrapatos e/ou freqüentado área
sabidamente de transmissão de FMB nos últimos
15 dias.

4. Como se transmite?

Transmitida pela picada do carrapato.

5. Como tratar?

Com uso de antibioticoterapia, sendo a doxiciclina
a droga de escolha na dose de 100mg a cada 12
horas ou clorafenicol 500mg a cada 6 horas.
Na suspeita de FBM, o tratamento com antibióticos
deve ser iniciado imediatamente. Não esperar a
confirmação laboratorial do caso.

6. Como se prevenir?

Quanto mais rápido uma pessoa retirar os carrapatos
de seu corpo, menor será o risco de contrair a doença.
Nos casos de contato com áreas com presença de
carrapatos, recomenda-se o uso de mangas longas,
botas e de calça comprida com a parte inferior dentro
das meias, todos de cor clara para facilitar a
visualização dos carrapatos, devendo após a utilização,
colocar todas as peças de roupas em água fervente
para a retirada dos mesmos.

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Hepatites

Hepatite B

1. O que é?

Doença infecciosa viral, contagiosa, conhecida
anteriormente como hepatite soro-homóloga.

2. Qual o microrganismo envolvido?

O agente etiológico é o vírus da hepatite B, um vírus
DNA, hepatovírus da família hepadnaviridae,
podendo apresentar-se como infecção assintomática
ou sintomática.

3. Quais os sintomas?

Hepatite B aguda: A evolução de uma hepatite B
aguda consiste de três fases:

• Prodrômica ou pré-ictérica: Com aparecimento
de febre, astenia, dores musculares ou articulares
e sintomas digestivos, tais como anorexia,
náuseas e vômitos, perversão do paladar, às
vezes cefaléia, repulsa ao cigarro. A evolução é
de mais ou menos 4 semanas. Eventualmente
esta fase pode não acontecer, surgindo a
icterícia como o primeiro sinal.

• Ictérica: abrandamento dos sintomas
digestivos e surgimento da icterícia que pode
ser de intensidade variável, sendo, às vezes,
precedida de colúria. A hipocolia pode surgir
por prazos curtos, 7 a 10 dias, e às vezes se
acompanha de prurido.

• Convalescença: Desaparece a icterícia e
retorna a sensação de bem-estar. A recuperação
completa ocorre após algumas semanas, mas a
astenia pode persistir por vários meses. Uma
média de 90 a 95% dos pacientes adultos
acometidos pode evoluir para a cura.

Hepatite B crônica: Quando a reação
inflamatória do fígado nos casos agudos
sintomáticos ou assintomáticos persiste por
mais de seis meses, considera-se que a infecção
evoluiu para a forma crônica.
Os sintomas, quando presentes, são inespecíficos,
predominando fadiga, mal-estar geral e
sintomas digestivos. Somente 20% a 40% dos
casos têm história prévia de hepatite aguda
sintomática. Em uma parcela dos casos crônicos,
após anos de evolução, pode aparecer cirrose,
com surgimento de icterícia, edema, ascite,
varizes de esôfago e alterações hematológicas.
A hepatite B crônica pode também evoluir para
hepatocarcinoma sem passar pelo estágio
de cirrose.

4. Como se transmite?

Por via parenteral, percutânea, transmissão
sexual e vertical (mãe-filho).

5. Como tratar?

Hepatite aguda: Acompanhamento ambulatorial,
com tratamento sintomático, repouso relativo,
dieta conforme a aceitação do paciente.

Hepatite crônica: Conforme diretriz clínico-
terapêutica definida por meio de portaria do
Ministério da Saúde (Portarias 860 de
novembro de 2002).

6. Como se prevenir?

Educação e divulgação do problema são
fundamentais para prevenir a hepatite B.

Além destas ações a cadeia de transmissão
da doença é interrompida a partir de:

• controle efetivo de bancos de sangue
através da triagem sorológica;
• vacinação contra hepatite B, disponível no
SUS, conforme padronização do Programa
Nacional de Imunizações (PNI).
• uso de imunoglobulina humana Anti-Vírus da
hepatite B disponível no SUS , conforme
padronização do Programa Nacional de
Imunizações (PNI).
• uso de equipamentos de proteção individual
pelos profissionais da área da saúde;
• não compartilhamento de alicates de unha,
lâminas de barbear, escovas de dente,
equipamentos para uso de drogas;
• uso de preservativos.

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Influenza Humana

Os primeiros sintomas costumam aparecer cerca de 24 horas depois do contágio, e podem ser:
· febre geralmente (>38ºC);
· dor de cabeça;
· dor nos músculos;
· calafrios;
· prostração (fraqueza);
· tosse seca;
· dor de garganta;
· espirros e coriza
· Podem apresentar ainda pele quente e úmida, olhos hiperemiados (avermelhados) e lacrimejantes. As crianças podem apresentar também febre mais alta, aumento de linfonodos cervicais (gânglios no pescoço), diarréia e vômitos.

9. A influenza humana é uma doença grave?

Geralmente a influenza é uma infecção auto-limitada, ou seja, evolui para cura completa devido a reação do próprio organismo humano à ação do vírus. No entanto, a influenza pode causar doença grave em idosos, pessoas portadoras de doenças crônicas (como diabetes, câncer, doenças crônicas do coração, dos pulmões e dos rins), pessoas imunodeprimidas, gestantes no 2° e 3° trimestres de gravidez e recém-nascidos. Essas pessoas são consideradas grupos de maior risco para apresentar complicações da influenza, como a pneumonia, e podem precisar de atenção hospitalar quando adoecem.

10. Existe vacina para prevenir a influenza humana ou suas complicações?

Sim. O Ministério da Saúde do Brasil, a partir de 1999, vem realizando campanhas anuais de vacinação contra a influenza para os idosos com idade de 60 anos ou mais, geralmente no mês de abril. Esta vacina faz parte do calendário de vacinação da população indígena e também é disponibilizada nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) de cada Estado, para uso dos indivíduos que pertencem aos grupos de risco acima apontados.

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Malária

1. O que é?
Malária é uma doença infecciosa febril aguda
transmitida pela picada da fêmea do mosquito
Anopheles, infectada por Plasmodium.

Qual o microrganismo envolvido?

Protozoários do gênero Plasmodium. No Brasil, três
espécies estão associadas à malária em seres
humanos: P. vivax, P. falciparum e P. malariae.
Uma quarta espécie, o P. ovale, só é encontrada
em áreas restritas do continente africano.

2. Quais os sintomas?

O quadro clínico típico é caracterizado por febre
alta, acompanhada de calafrios, sudorese profusa
e cefaléia, que ocorrem em padrões cíclicos,
dependendo da espécie de plasmódio infectante.
Em alguns pacientes, aparecem sintomas prodrômicos,
vários dias antes dos paroxismos da doença, a exemplo
de náuseas, vômitos, astenia, fadiga, anorexia.

3. Como se transmite?

Através da picada da fêmea do mosquito Anopheles,
infectada por Plasmodium.

4. Como tratar?

A decisão de como tratar o paciente com malária deve
estar de acordo com o Manual de Terapêutica da
Malária editado pelo Ministério da Saúde, e ser
orientada pelos seguintes aspectos:

Espécie de plasmódio – Dependendo da espécie
de plasmódio o paciente vai receber um tipo de
tratamento. Derivado da artemisinina
(Artemeter-Lumefantrina) é a primeira linha para
a malária por P. falciparum. Cloroquina + Primaquina
é a primeira linha para a malária por P. vivax.

Gravidade da doença – Pela necessidade de
drogas injetáveis de ação mais rápida sobre os
parasitos, visando reduzir a letalidade.

5. Como se prevenir?

Medidas de prevenção individual: uso de
mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas,
roupas que protejam pernas e braços, telas em
portas e janelas, uso de repelentes.

Medidas de prevenção coletiva: drenagem,
pequenas obras de saneamento para eliminação de
criadouros do vetor, aterro, limpeza das margens
dos criadouros, modificação do fluxo da água,
controle da vegetação aquática, melhoramento
da moradia e das condições de trabalho, uso
racional da terra.

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Meningites

1. O que é?

A meningite é um processo inflamatório das meninges,
membranas que envolvem o cérebro.

2. Qual o microrganismo envolvido?

A meningite pode ser causada por diversos agentes
infecciosos, como bactérias, vírus e fungos, dentre outros,
e agentes não infecciosos.

3. Quais os sintomas?

Os principais sinais e sintomas são: crianças acima
de 1 ano de idade e adultos: febre alta que começa
abruptamente; dor de cabeça intensa e contínua;
vômitos em jato; náuseas; rigidez de nuca; podem
surgir pequenas manchas vermelhas na pele. Em
crianças menores de um ano de idade, os sintomas
referidos acima podem não ser tão evidentes,
devendo-se atentar para a presença de moleira
tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação com
choro agudo e persistente e rigidez corporal com
ou sem convulsões.

4. Como se transmite?

A transmissão é de pessoa a pessoa, por via respiratória,
através de gotículas e secreções do nariz e garganta,
havendo necessidade de contato prolongado e convivência
no mesmo ambiente (residentes da mesma casa,
colega de dormitório, creche, alojamento).

5. Como tratar?

Após a avaliação médica e a análise preliminar de
amostras clínicas do paciente, o paciente ficará
internado e o tratamento será realizado com
antibióticos específicos.

6. Como se prevenir?

A principal forma de prevenção é a detecção
e o tratamento precoce dos casos, evitando-se
que a doença seja transmitida a outras pessoas.

Existem vacinas para prevenir alguns tipos de
meningite. Dentre estas, estão disponíveis no
calendário básico de vacinação da criança as
seguintes vacinas: BCG, que previne as formas
graves de tuberculose, e a vacina contra a meningite
por Haemophilus influenzae tipo b. Outras formas de
prevenção incluem: evitar aglomerações, manter os
ambientes ventilados e a higiene ambiental. E em
contatos de casos de doença meningocócica e
meningite por Haemophilus influenzae, está indicada
a quimioprofilaxia, no prazo de 48 horas da exposição
à fonte de infecção, levando em consideração
o tempo de transmissiblidade da doença.

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Peste

1. O que é?
Doença infecciosa aguda que se manifesta sob
três formas principais: Bubônica, pneumônica e
septicêmica.

2. Qual o microrganismo envolvido?
Bactéria gran-negativa Yersinia pestis.

3. Quais os sintomas?
• Peste Bubônica - febre alta, calafrios, dor de cabeça
intensa, dores generalizadas, falta de apetite, náuseas,
vômitos, confusão mental, olhos avermelhados, pulso
rápido e irregular, pressão arterial baixa, prostração
e mal-estar geral. Após 2 ou 3 dias, aparece tumefação
nos linfonodos superficiais.

• Peste Septicêmica – febre alta, calafrios, dor de
cabeça intensa, dores generalizadas, falta de apetite,
náuseas, vômitos, confusão mental, olhos
avermelhados, pulso rápido, hipotensão arterial,
prostração, dispnéia, estado geral grave, dificuldade
na fala, hemorragias, necrose dos membros, coma
e morte.

• Peste Pneumônica – além dos sintomas comuns
às outras duas formas clínicas, o paciente ainda
apresenta dor no tórax, respiração curta e rápida,
dispnéia, cianose, expectoração sanguinolenta, delírio,
coma e morte.

Nota: Muitos casos, especialmente da forma bubônica, não apresentam toda a riqueza de sintomatologia acima descrita, podendo haver casos leves.


4. Como se transmite?
Na forma bubônica, a transmissão é através da picada
de pulgas infectadas; na forma pneumônica, a transmissão
se dá por gotículas aerógenas lançadas pela tosse no
ambiente.

5. Como tratar?
O tratamento deve ser feito com antibióticos do grupo estreptomicina e sulfas.


6. Como se prevenir?
Evitando contato com roedores silvestres e
sinantrópicos e com suas pulgas.

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A infecção pelo vírus sincicial respiratório

O vírus sincicial respiratório provoca surtos de doenças pulmonares todos os anos no fim do Outono e no início do Inverno. A infecção transmite-se ao inalar microgotas transportadas pelo ar que contêm o vírus ou então ao tocar numa pessoa ou em objectos infectados. O vírus sincicial respiratório é a causa mais frequente de infecções pulmonares, incluindo bronquiolite e pneumonia, em bebés e crianças pequenas. As infecções em bebés podem ser graves e até mortais. Também podem desenvolver sintomas graves as pessoas mais velhas e as que sofrem de doença pulmonar crónica. Os adultos sãos e as crianças mais velhas costumam desenvolver uma infecção pulmonar ligeira ou moderada. A infecção proporciona apenas imunidade parcial, pelo que é possível contrair a infecção mais vezes. No entanto, as infecções subsequentes pelo vírus sincicial respiratório são menos graves do que as primeiras.

Sintomas e diagnóstico

Os sintomas de infecção pelo vírus sincicial respiratório começam entre o 2.º e o 8.º dia depois do contágio. As primeiras manifestações são a congestão nasal e a garganta irritada, e vários dias depois seguem-se as dificuldades respiratórias, arquejos e tosse. Os bebés podem ter febre. Os sintomas têm tendência para serem mais leves nas crianças mais velhas e nos adultos, em quem a infecção pode parecer-se com uma gripe ou com uma constipação comum ou então não provocar qualquer sintoma. Os sintomas têm também tendência para serem mais ligeiros em quem antes possa ter estado exposto ao vírus. A infecção é mais grave nas crianças pequenas e nas pessoas com doenças subjacentes, sobretudo de índole respiratória.

O diagnóstico baseia-se normalmente nos sintomas. As análises de laboratório podem identificar o vírus ou os seus anticorpos em amostras de sangue, mas raramente são necessários.

Prognóstico e tratamento

As crianças mais velhas e os adultos costumam melhorar sem tratamento em aproximadamente 9 dias depois do aparecimento dos sintomas. No entanto, nos mais pequenos e nos que estão muito afectados, estes podem durar muito mais tempo e até pode acontecer precisarem de tratamento intensivo no hospital para manter uma respiração adequada.

A ribavirina, um fármaco antiviral, afecta a capacidade de reprodução do vírus e pode acelerar a recuperação, mas só é prescrita a pessoas com infecção grave. A ribavirina não é indicada para mulheres grávidas porque pode prejudicar o feto.


Adenovírus

O local mais frequente da infecção por adenovírus são as vias respiratórias superiores. O quadro clínico inclui sintomas de uma constipação comum, faringite, febre faringoconjuntival, amigdalite, otite média e queratoconjuntivite, frequentemente associadas a febre. Pode ocorrer uma infecção disseminada, com risco para a vida do doente, em lactentes pequenos e imunocomprometidos.

Raramente, os adenovírus podem causar conjuntivite hemorrágica aguda, síndrome semelhante à tosse convulsa, bronquiolite, cistite hemorrágica e doença genito-urinária.

Alguns serotipos virais podem causar gastroenterite.


Exames complementares de diagnóstico

O método de diagnóstico preferível é a detecção da infecção adenoviral por cultura ou antigénio.

Os adenovírus associados à patologia respiratória podem ser isolados a partir das secreções faríngeas, oculares e fezes, por inoculação das colheitas em diversas culturas celulares. Enquanto que a detecção faríngea é sugestivo de infecção recente, a detecção fecal tanto pode indicar infecção recente como se tratar de um portador crónico.

Os antigénios adenovirais são detectáveis por técnicas de imunoensaio nos líquidos corporais infectados, o que se revela particularmente útil no diagnósitico da doença diarreica, pois os adenovírus dos tipos 40 e 41 não são geralmente detectados em culturas celulares comuns. Os adenovírus entéricos também podem ser detectados por microscopia electrónica de amostras fecais.

Foram criados vários métodos para detectar os antigénios das hexonas em secreções corporais e tecidos. Por outro lado, é possível identificar o ADN vírico com sondas genómicas, sondas de oligonucleotídeos sintéticas ou pela amplificação genética por PCR (reacção em cadeia da polimerase).

O serodiagnóstico baseia-se na detecção de uma quadriplicação ou elevação superior dos anticorpos contra um antigénio comum dos adenovírus (como a hexona), sendo uma técnica utilizada em estudos epidemiológicos.

Febre Tifóide



Etiologia e sinonímia

Doença bacteriana aguda, também conhecida por
febre entérica, causada pela bactéria Salmonella
enterica sorotipo Typhi. Bacilo gram-negativo da
família Enterobacteriaceae.

História natural da doença

A bactéria que dá origem à febre tifóide foi descrita
pela primeira vez em 1880 por Karl Joseph Elberth.
Os japoneses utilizaram-na como arma química
na Segunda Guerra Mundial, em ataque direto
contra as forças russas. Nos anos 70, foram
observadas relações dessa bactéria com répteis.
Desde então e até hoje, pesquisadores verificaram
vários casos da doença que nasceram pelo contato
com tartarugas verdes. Esse fato levou, em 1975,
uma agência governamental americana, responsável
pelo controle de qualidade de medicamentos e
alimentos, a vetar a venda de tartarugas aquáticas
menores que 10 centímetros, evitando assim que
crianças pudessem colocá-las na boca e contrair a
doença. Apenas uma pequena percentagem da
doença está relacionada com répteis - a maior
parte da transmissão se dá por alimentos. No Brasil,
não são raros os casos de infecção causada por
Salmonella em restaurantes e presídios, devido
à contaminação dos alimentos, tanto podendo ter
origem no produto quanto na manipulação
inadequada.

Características gerais da sua distribuição
no Brasil e no mundo

Doença de distribuição mundial associada a baixos
níveis sócio-econômicos, situação precária de
saneamento básico, higiene pessoal e ambiental.
Por isso, está praticamente extinta em países onde
esses problemas foram superados. No Brasil ocorre
de forma endêmica, sob a forma de surtos
relacionados com água e/ou alimentos contaminados,
especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Desde
a década de 80, e especificamente na década de 90,
observa-se um declínio no coeficiente de incidência
de 1,4/100.000 habitantes em 1990 para 0,27/100.000
habitantes em 2005 - e na letalidade - de 2,4% em
1990 para 0,8% em 2005.Em 2006 o coeficiente de letalidade foi de 1,9%, em 2007 foi de 0,75%, e, em 2008 (*) foi de 2,2%.
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Ministério da Saúde do Brasil Guia de Bolso em PDF(Doenças Infecciosas)


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