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EDUCAÇÃO A PARTIR DO CAOS, E PARA O CAOS! - Fábio Augusto Antea Rotilli

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EDUCAÇÃO A PARTIR DO CAOS, E PARA O CAOS!
Fábio Augusto Antea Rotilli
Graduação em Filosofia – UEM
Mestrado em Filosofia – UFPB
e-mail: fabiorotilli@hotmail.com


Juntamente com Deleuze - ao considerarmos a dignidade e existência dos devires; ao considerarmos as transpassagens e acontecimentos como significativíssimos no que tange aos processos vitais, às relações e determinações, rumos e direcionamentos das coisas no contexto imanente de suas constituições – entendemos que o caos permeia as ordenações, as quais, sob seus auspícios, se constituem sempre paliativamente. Segundo suas próprias palavras, devemos ter em mente que mesmo os mais duros rochedos tornam-se matérias moles e fluídas na escala geológica de milhares de anos. Nesse contexto, a ordem, o arranjo, a estabilidade são sempre contingencialmente constituídos e condenados a assumirem, mais cedo ou mais tarde, nova configuração. Pensar uma Pedagogia ou uma Didática com base nesse referencial teórico, nesse peculiar modo de compreender os complexos agenciamentos, virtualmente intangíveis, que se podem estabelecer em uma sala de aula, torna-se um desafio provocante, legítimo e inevitável. Trata-se, pois, de situar (ou enfrentar) um problema pontual: como proceder com os alunos em sala de aula? Ora, a estratégia, o plano de aula, o método, a assunção de uma didática, constituem molaridades idealizadas, escolhas de ação para enfrentar o caos (entendido como as imprevisíveis, anárquicas disparações que se podem consolidar nas relações com os alunos). Mas, como garantir que o molar acima mencionado se agencie satisfatoriamente com o molecular-efetivo da aula. A aula-acontecimento é rizoma; o molar é decalque: eis, posto, o problema.


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