O governador eleito, Renan Filho, agradou à classe médica ao falar, durante entrevista a uma TV local, na última sexta-feira, que vai priorizar a Saúde e que pretende realizar concurso público para o setor. O anúncio vai ao encontro dos anseios da categoria, que luta há mais de uma década contra a precarização trabalhista representada pela prestação de serviços.
Depois de centenas de demissões voluntárias, aposentadorias e mortes de médicos da rede estadual, os prestadores de serviços representam hoje mais de 60% dos profissionais em atividade. Em alguns serviços, como o SAMU, o percentual de médicos precarizados chega a 90% do quadro.
O presidente do SINMED, Wellington Galvão, achou promissora a explanação de Renan Filho. “O governador eleito parece estar bem inteirado da situação do Estado e o fato de ele dizer que vai reestruturar a Saúde e a Educação, realizar concurso e melhorar as condições de vida e da saúde do povo alagoano nos deixa esperançosos. Vamos torcer para que essas promessas sejam colocadas em prática”, disse.
Segundo Galvão, o Sindicato, que conhece bem o setor, as dificuldades enfrentadas e os anseios da classe médica, coloca-se à disposição do governador eleito para ajudar no que for possível. “Estamos abertos ao diálogo e podemos contribuir com sugestões nossas e dos profissionais que estão na linha de frente da assistência à população e que sentem as dificuldades no trabalho cotidiano”.
Atualmente, a Saúde em Alagoas está parada em termos de investimentos e funciona de forma extremamente precária. “Temos um excelente técnico no comando da pasta, mas falta o governo investir. Aliás, não é de agora que faltam investimentos. O atual governo, simplesmente, relegou a Saúde a um plano inferior. Não fez concurso, não construiu nada, não houve nenhuma melhoria. Só piorou”, concluiu o presidente do SINMED.