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Sabiás são aves solitárias e por isso cantam bonito de fazer chorar - Reféns da seca XVIII , por Magno Martins

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Sabiás são aves solitárias e por isso cantam bonito de fazer chorar. Mas como a Asa Branca, sumiram do Sertão, tangidas pela seca. A maior estiagem dos últimos 50 anos está sendo impiedosa até para os pássaros, que deixaram a caatinga silenciosa, sem o canto bonito dos sabiás, sem a serenata dos chofreus, sem a sonata dos azulões e dos galos de campina.

Sem água, não há vida. Nem para pássaros, nem para gente. A busca pelo líquido, esgotado em barragens que nunca secaram, barreiros, cacimbas e até em poços tem sido uma batalha inglória travada por homens, mulheres e crianças sem distinção de idade. É a face mais cruel da indústria da seca.

Para saciar a sede, todo esforço vale a pena e até velhinhos, que deveriam ser preservados pela crueldade e a humilhação do transporte da água, seja em lombo de jumento, carroça de boi ou até mesmo na cabeça, são vistos cruzando as terras esturricadas dos sertões pernambucanos.

Aos 78 anos, magro de assustar, mas com a cabeça no lugar, raciocínio rápido e boa memória, “seu” José Bastos Sobrinho não tem mais forças para serviço pesado. Seu galão com água é de latas de miniatura. Da sua casa, em Sertânia, até o chafariz público, ele ainda anda mais de 500 metros até alcançar o seu destino.

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Perfil do Autor

Magno Martins é pernambucano de Afogados da Ingazeira, tem 29 anos de carreira e é formado em Jornalismo pela Unicap, com pós-graduação em Ciência Política pela mesma Universidade. Começou suas atividades profissionais no Diário de Pernambuco em 1980 como correspondente de sua terra natal.

Em 1984, trocou Pernambuco por Brasília, onde trabalhou no Correio Braziliense, Jornal de Brasília, O Globo, Agência O Globo e a Agência Meridional, dos Diários Associados. Também abriu a primeira sucursal de um jornal de Pernambuco no Distrito Federal – o Diário de Pernambuco, jornal que assumiu outras funções, como colunista, secretário de redação e editor-geral. Mais tarde, em eleição direta, foi eleito presidente do Comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados.

Fundou em 1999 a Agência Nordeste, numa sociedade com o Grupo Folha de Pernambuco, do empresário Eduardo de Queiroz Monteiro. Através da Agência Nordeste, Magno passou a ter uma forte inserção nos jornais do Nordeste. Na Folha de Pernambuco assina a coluna diária Folha Política, uma das mais polêmicas e lidas no Estado.

Autor de três livros - O Nordeste que deu certo, O Lixo do Poder e A derrota não anunciada - Magno foi, também, secretário de Imprensa do Governo de Pernambuco, em 1991. Ao longo dos últimos anos, Magno participou de grandes coberturas nacionais, entre elas quatro eleições presidenciais e a Constituinte.

Magno é, ainda, o blogueiro pioneiro de Pernambuco. Seu blog, com uma média mensal de 1,5 milhão de acessos, foi aberto em abril de 2006 e de lá para cá nunca perdeu a sua liderança, sendo, assim, uma referência nacional, com destaque no Nordeste.

Magno é, também, âncora do programa Frente a Frente, transmitido, hoje, pela Cadeia Pernambucana de Rádios para 25 emissoras do Estado. É ainda comentarista político do programa de Edvaldo Morais, na Rádio Folha 96,7 FM. E em Brasília, assina uma coluna política no semanário Fatorama.

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