"A tentação do poder é muito grande. Eu não gostaria de estar no lugar de
nenhum deles. A omissão de quem pode e não auxilia o povo, é comparável
a um crime que se pratica contra a comunidade inteira."
Desembargador do TJ vai decidir sobre menor torturado por policiais em Matriz do Camaragibe
Odilon Rios • 14 de março de 2013 • 8:33 am
O desembargador do Tribunal de Justiça, desembargador Sebastião Costa Filho, é quem vai decidir sobre um caso de tortura envolvendo um menor e agentes policiais na cidade de Matriz de Camaragibe.
Trata-se do jovem José Alexystaine Laurindo. Ele tinha 12 anos quando foi torturado pelos agentes públicos Petrúcio José dos Santos, Adriano Antônio dos Santos, Alan Costa Moura e Jonny Iuma Rodrigues. O Ministério Público denunciou-os por tortura, mas o Judiciário da cidade de Matriz de Camaragibe- local das agressões- considerou que o caso era lesão corporal, apesar dos laudos do Instituto Médico Legal atestarem as agressões.
Eles foram condenados a pagar um salário mínimo, dividido em prestações, a uma entidade na cidade. Alan Costa Moura trabalha na Casa de Custódia II e recebeu um elogio público do diretor de Polícia Judiciária Metropolitana, delegado Carlos Alberto Reis por “dedicação e zelo no desempenho de suas atribuições”.
Adriano Antônio dos Santos recorreu da decisão do MP, que deu vistas à Procuradoria Geral de Justiça e o processo seguiu ao presidente do tribunal.
José Alexystaine foi torturado aos 12 anos. Quatro anos depois, foi assassinado em Matriz de Camaragibe. O caso do jovem é contado no livro “Bastidores da Violência (e dos Violentos) em Alagoas”, da cientista social Ana Claudia Laurindo e do jornalista Odilon Rios.
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