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Quem você quer ser, na greve dos médicos?

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Compromissos profissionais e/ou pessoais inadiáveis, descrença em resultados, acomodação, desinteresse e discordância são alguns dos motivos que fazem com que parcela significativa dos médicos que atuam na rede estadual de saúde não participem das assembleias no Sindicato.


Os que não comparecem por impedimentos importantes reais, mas que participam da greve e concordam com o encaminhamento dado ao movimento sempre encontram um jeito de expressar suas opiniões e expectativas, além do apoio à forma como o Sinmed conduz a luta da categoria.

Entre os descrentes, os desinteressados, os acomodados e os opositores da greve as manifestações variam de acordo com os acontecimentos. 

Os acomodados ficam na expectativa quanto ao que poderão lucrar em termos de aumento de salário, graças à exposição dos que assumem a participação na greve e estão sempre nas assembleias, debatendo e votando.

Para os descrentes, o que vier é lucro. Se não vier nada, pelo menos eles não se desgastaram ou perderam tempo com uma greve que "deu em água", como eles mesmos previam.

Os desinteressados seguem a mesma linha, sendo que para ele, enquanto a greve se prolongar eles estarão fazendo outras coisas, arranjando outras formas de ganhar dinheiro - como uns plantões extras.

Agora, os que discordam da greve - seja por qual motivo for - irão sempre furar o movimento, condenar as ações do Sindicato, denunciar supostas coações e concordar tudo o que o governo disser ou divulgar sobre o Sinmed, suas lideranças, a greve e os colegas grevistas

É esse pessoal que defende a saída do presidente do Sindicato da negociação, única forma de se dialogar com o governo - através de uma comissão independente - e de se conseguir as melhorias que a categoria reivindica
Certamente, não é por ingenuidade. Mas, digamos que nesse meio - dos opositores do movimento - exista algum inocente, é importante dizer aqui que o governo não negociou ainda com a categoria porque não quer. 

Se o presidente do Sinmed se afastasse da entidade - ou se o Sindicato saísse da greve - para viabilizar uma negociação, o governo arranjaria outra desculpa. E a entidade, por ter cedido a uma exigência absurda, estaria desacreditada perante a categoria.

Não se enganem: o governo quer que os médicos voltem ao trabalho sem conquistas - a não ser, a "conquista" dos processos judiciais em que médicos são acusados de uma morte que teve no governador o único responsável. 

Não existe por parte do governo disposição, vontade política ou proposta para negociação.

O atual presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas iniciou sua militância sindical quando ainda cursava Medicina na antiga Escola de Ciências Médicas. Passou a integrar a Diretoria como diretor suplente de Esportes e Lazer, no final da década de 1980.

Desde então, foi diretor efetivo de Esportes e Lazer, diretor de Comunicação, Secretário-Geral, vice-presidente e presidente, cumprindo seu terceiro mandato - o segundo consecutivo.

Nos últimos anos, teve atuação destacada no movimento médico sindical do Nordeste e no Nacional. Foi um dos fundadores da extinta Confederação Médica Brasileira, diretor e vice-presidente nacional da FENAM e presidente da Federação Médica do Nordeste.

Você concorda que o presidente do Sinmed se afaste da entidade para atender uma exigência do governo, como condição para uma negociação que tem tudo para não acontecer?

ASCOM-SINMED

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