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Cordel : Vergonha pra saúde

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Vergonha pra saúde
Jader Tenório e Gerson Odilon


Dois distintos alagoanos,
Relatam neste cordel
Que a saúde brasileira
Tá num momento cruel
E pra ferrar o brasileiro
Vão trazer do estrangeiro
Os discípulos de Fidel

Atitudes como estas
Só envergonham a nação
Nossa presidente Dilma
Já perdeu sua razão
Com seu gesto desumano
Trazer o médico cubano
Sem ter a revalidação

Para um médico exercer
No Brasil, a medicina
Precisa obedecer
O que a lei disciplina
No C R M registrar
O diploma após comprovar
A graduação e doutrina

Não é como antigamente
Que a medicina formal
Exercida por curandeiros
Sem remédio ou hospital
Tinha receitas caseiras
Com ervas e rezareiras
Espantando espírito mau

Na História do Brasil
Em vinte começa a cruz
Vem CAPS, depois IAPS,
E o INPS sem luz
Sem respostas ou atitudes
Vem INAMPS, vem o SUDS
Mas, por fim, vem o SUS

O SUS em oitenta e oito
Por forma e legitimidade
Foi posto na constituição
Prometendo a igualdade
Dando saúde integral
E em caráter universal
Pra toda sociedade

Problema é que no Brasil
Pouco a lei se obedece
O SUS - uma perfeição -
Mas pouca coisa acontece
O governo sem atitude
Fica negando à saúde
A atenção que merece

Já não aguentamos mais
De ouvir tanta besteira
Políticos despreparados
Falando e dizendo asneira
Com uma conversa fiada
Ninguém entende mais nada
Nesta terra brasileira

Querem melhorar o SUS
Trazendo médico cubano
Quem sabe o povo agora
Não va i entrar pelo cano
Quando houver precisão
De fazer uma operação
Como executar seu plano?

O médico agora está sendo
O bode expiatório
Por quê, seu doutor, por quê?
Curtir esse purgatório?
Pelo jeito que estou vendo
Médico vai acabar sendo
Faxineiro de escritório

Já estão achando pouco
Seis anos de faculdade
Querem aumentar pra oito
Oh meu Deus, quanta maldade!
Os nossos nobres políticos
Passaram a serem os críticos
E nos tomando por compadre

Já resolveram importar
Médicos, não sei de onde!
Que não falam nosso idioma
Aí vão perder o bonde;
Não vão entender de nada
Do matuto camarada
Que até pra falar se esconde

Querem trazer estes médicos
Sem português falar nada
Estão querendo fazer
Uma grande palhaçada
Pague bem, dê condição.
Pois nossos médicos já estão
Com a bunda remendada

Como o médico estrangeiro
Sem comprovar formação
Já que o pacote dispensa
A útil revalidação
Será sensível e astuto
Para atender ao matuto
Que mora lá no sertão?

Será que vai entender,
Que andaço é caganeira
Privação é prisão de ventre,
Também chamada caseira,
Que pereba é uma ferida
E a espinhela caída
Dor de estambo e arreira?

Terá a santa paciência
Quando acontecer assim
Lhe derem um monte de fichas
Prontuários ou boletim
Um doente que lhe implora:
- Doutor por Nossa Senhora
Eu estou com farnizim?

Quando o matuto chegar

Dizendo, cherei tabaco

Sentindo ardência nas fuças.

Até o oi do buraco
Ou mesmo estiver opado
Com o estambo imbruiado
Intojado e muito fraco?

E ao dizer seu dôtor
Eu estô todo estrompado
Onte drumi de mau-jeito
Pru causa do meu puxado
Cum dô na junta, caganeira
E um nó na tripa gaiteira
Que me dexô intrevado

Políticos do meu Brasil
Acordem, façam o favor
Não aprovem essa lei,
Que acaba meu senhor,
Com a nossa medicina
Que ouve, prescreve e ensina
Remédio pra sua dor.

O SUS precisa é de ajuda
Na sua otimização
A rede pública de saúde
Deve ter a implantação
De uma medida concisa
E não política impositiva
Que agride a população

Ofereçam pra saúde,
Uma política adequada
Um projeto competente
E uma gestão ordenada
Dê para o médico formado
Uma carreira de estado
E tá resolvida a parada

Portanto, ouçam esse apelo
Sem a menor cerimônia
Respeitem cada brasileiro
Que sonha mas que não sonha
Vendo morrer seus projetos:
Ao se importar analfabetos:



“SANTO DEUS, QUANTA VERGONHA”


Fonte:Via e-mail

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