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Profissionais abandonam o Mais Médicos


O programa federal Mais Médicos, que prometeu trazer para o Brasil profissionais estrangeiros como forma de resolver o problema da falta de médicos no interior e, consequentemente, garantir assistência à saúde da população, já deu em água. O motivo é simples: o problema do Brasil não é falta de médicos, mas de infraestrutura de assistência à saúde. 

No Brasil, os médicos não têm condições de trabalho nas redes públicas nem das cidades grandes. No interior, para onde o governo anunciou que mandaria os médicos estrangeiros, a situação é infinitamente pior. Em muitos municípios não existe nem uma rede básica de atendimento. Médico não faz milagre – nem brasileiro e nem estrangeiro. 

O Mais Médicos veio para provar algo que os médicos e as entidades médicas brasileiras dizem há muito tempo: precisa oferecer condições éticas de trabalho e de atendimento à população e, claro, remunerar dignamente a classe médica. Não adianta mandar médico para trabalhar num posto de saúde onde não sai uma gota de água da torneira. Não adianta ter médico e não poder fazer um exame complementar, usar uma medicação, fazer um tratamento.

O governo federal concebeu às pressas um programa eleitoreiro sem futuro, de forma irresponsável e criou uma série de problemas. Iludiu a população com promessas que não vai cumprir, encheu o País de cubanos que esperam só uma oportunidade para dar no pé e esquecer que Cuba existe e se tornou alvo de uma ação do Ministério Público do Trabalho, que aponta ilegalidades na contratação de profissionais que estão à margem de direitos trabalhistas elementares – inclusos aí brasileiros e estrangeiros.

No caso dos cubanos, que são esmagadora maioria entre os estrangeiros e profissionais atuantes no programa, pairam dúvidas quanto à formação de muitos deles que demonstram não possuir conhecimentos básicos de medicina. Além disso, médicos ou não, os cubanos trabalham aqui como escravos, já que recebem o mínimo necessário para sobreviver, enquanto o governo brasileiro, por contrato, repassa quase totalidade do salário acordado diretamente para a ditadura cubana.

Na semana passada, o Ministério da Saúde confirmou 89 desistências de médicos do programa. Além de cubanos fujões, tem o caso dos espanhóis que ficaram horrorizados com a situação de indigência dos postos de saúde onde foram trabalhar e de brasileiros que pensaram que as condições de trabalho no Mais Médicos seriam melhores, mas que constataram que nada tinha mudado em relação ao que já conheciam.

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