{ads}

Ebola: letalidade seria alta no Brasil - Infectologista Alberto Chebabo

Leia outros artigos :



Infectologista Alberto Chebabo, presidente da Sociedade de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro (SIERJ)


“Em termos de letalidade, acredito que teríamos taxas altas caso o vírus chegasse ao Brasil, como acho que teríamos até nos Estados Unidos com toda a estrutura que eles têm. É uma situação difícil, de riscos extremos até mesmo para o profissional de saúde”, avalia.

A grande preocupação internacional é justamente esse risco de a doença ser transportada para outros países, iniciando novos focos epidêmicos. De acordo com Chebabo, o cenário teria impactos diferentes de acordo com o local para onde o vírus fosse enviado. “Se isso acontece nos Estados Unidos ou na Europa, onde existe uma estrutura de saúde muito boa, o risco de disseminação vai ser muito baixo, vai haver uma contenção diminuindo esse risco. Se for em um país com uma estrutura menor, como por exemplo em países da América Latina, você tem risco de ter pequenas epidemias localizadas”, explica o infectologista. (Trechos da reportagem do * Do programa de estágio do JB)





Análise do ProMED-mail : programa de la International Society for Infectious Diseases





As notícias sobre Ebola trazem alguns pontos importantes:


- o (bem conhecido) risco de infecção para profissionais de saúde;
- a necessidade da divulgação de medidas educativas e informações
que limitem o deslocamento/viagens de indivíduos/passageiros
sintomáticos;
- a necessidade de mecanismos que permitam a detecção de viajantes
sintomáticos, com possível (mas nada fácil, sempre polêmica)
proibição de embarque pelas companhias e/ou autoridades sanitárias
(aero)portuárias;
- capacidade de identificação e rastreabilidade de contatos de casos
suspeitos/confirmados;


Como mencionamos anteriormente: a possibilidade de "exportação" de casos a partir das "zonas quentes" é possível, mas pouco provável. Muito menos provável (mas não impossível) seria a disseminação do vírus com a ocorrência de casos secundários e eventuais surtos em países com sistemas de vigilância e capacidade resposta minimamente estruturados.


Extremamente importante seria um plano de contingência nacional, com informações técnicas e recomendações acerca de orientações a viajantes e empresas de transporte, critérios de definição de casos suspeitos, vias de transmissão, períodos de incubação/transmissão, medidas de prevenção/controle (isolamento, monitoramento e, a sempre complexa/controversa, quarentena), manejo de resíduos, investigação laboratorial (fluxos de amostras, rede de laboratórios...), cuidados durante necropsia e funerais...

Postar um comentário

0 Comentários
* Por favor, não faça spam aqui. Todos os comentários são revisados ​​pelo administrador.