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Investigação de surto de botulismo alimentar

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Em 18 de abril de 2009, foi notificada à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde a ocorrência de cinco casos suspeitos de botulismo em Coruripe/AL. Em 22 de abril de 2009, a Secretaria de Saúde do Estado de Alagoas (Sesau) solicitou o apoio técnico à Coordenação de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (COVEH) e ao Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços de Saúde (Episus) para a investigação epidemiológica. 

Investigação de surto de botulismo alimentar em Coruripe/Al
Investigação de surto de botulismo alimentar em Coruripe/Al



O botulismo é causado por uma neurotoxina termolábil, produzida pelo Clostridum botulinum, um bacilo gram-positivo, anaeróbio e esporulado. São conhecidos oito tipos de toxinas botulínicas: A, B, C1, C2, D, E, F e G, sendo as do tipo A, B, E, F e G patogênicas para o homem e as dos tipos C e D relacionadas à doença em animais1 . 


As condições ideais para que a bactéria assuma a forma vegetativa e produza toxina são anaerobiose, pH >4,6, atividade de água (Aw) >0,94 e temperatura 3,3º a 50°C. No entanto, há variações nesses parâmetros, a depender da toxina produzida. A transmissão pode ser alimentar, por meio de um ferimento ou intestinal. 

O botulismo alimentar ocorre por ingestão de toxinas presentes em alimentos previamente contaminados e que foram produzidos ou conservados de maneira inadequada. Por se tratar de uma bactéria ubíqua, a matéria prima utilizada para a fabricação de produtos de origem animal e vegetal é naturalmente contaminada , sendo a toxina inativada pelo calor, à temperatura de 80°C por, no mínimo, dez minutos . 

O período de incubação pode variar de duas horas a dez dias, estando inversamente relacionado com a concentração de toxinas ingeridas. As manifestações iniciais são náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal, e podem anteceder ou coincidir com os sintomas neurológicos . O quadro neurológico se caracteriza por uma paralisia flácida motora descendente e disfunção dos nervos cranianos, podendo ter evolução grave, com necessidade de hospitalização prolongada e, eventualmente, óbito.




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