O HAITI É AQUI ! O HGE DE ALAGOAS ESQUECIDO E SUA CARNIFICINA !

Crime contra a humanidade é um termo de direito internacional que descreve atos de perseguição, agressão ou assassinato contra um grupo de indivíduos, ou expurgos, assim como o genocídio, passíveis de julgamento por tribunais internacionais por caracterizarem a maior ofensa possível.



Conforme o artigo publicado pelo SINMED existe nele uma comparação da saúde pública do Estado de Alagoas, com o caos atual existente no Haiti devido ao terremoto ocorrido no dia 12 de janeiro do corrente ano. Através de sua análise ,o Sinmed mostra que o respeito e a ajuda humanitária é mais presente naquele país, em relação a que é dispensada para os cidadãos Alagoanos . Concordo plenamente e dentre elas o SINMED cita o esquecimento da imprensa Alagoana, que não se faz presente em mostrar ao público a pequena Treblinka que se desenvolve lentamente com o renascimento ariano no seio de nosso povo.Me fez recordar lendo o artigo dos inúmeros diálogos que tive com um repórter que cobria os acontecimentos na extinta Unidade de Emergência Dr. Armando Lages, hoje dita de seu Brandão, em homenagem a um parente do Governador Teotônio Vilela. Deixemos de lado e vamos ao que interessa.Certa vez, indignado e muito cansado ao sair do plantão , pois faltava tudo do mais simples medicamento, a leitos digno para acomodar os pacientes,perguntei ao repórter o qual conheço há muito tempo porque o mesmo em seu programa não informava a realidade do que estava realmente acontecendo .Sabe o que ouvi ( é bem diferente de escutar) ? " Dr. Mário o senhor acha que eu sou doido ! Se fizer isso amanhã eu vou para rua" .

Na minha conclusão, das inúmeras opções existentes para justificar o abandono, a carnificina,e vários e vários sinônimos para o caos existente na Saúde Pública de Alagoas , e em especial a do HGE ,vejo sim, que todo o artigo que foi elaborado pelo SINMED ,poderia ser muito bem resumido em uma única palavra : Uma grande OMISSÃO GENERALIZADA !

Mário Augusto

LEIA O ARTIGO DO SINMED DE ALAGOAS


CAOS VIRA ROTINA E ATÉ A IMPRENSA DESISTE DO HGE (15 de janeiro de 2010)



Ninguém liga mais para a carnificina diária que acontece no Hospital Geral do Estado. Os médicos cansaram de reclamar da falta de condições éticas de trabalho, da sobrecarga desumana e do salário vil. A população parece que entendeu que não adianta chamar a televisão ou a ir a uma rádio para denunciar a falta de assistência. E para a própria imprensa, o assunto ficou tão batido que não atrai mais ouvinte, leitor ou telespectador. Por isso, não vale a pena investir em reportagens no local. Ficou tudo muito repetitivo, e ver desgraça o tempo todo cansa mesmo.

Que o digam os médicos que desistiram do HGE e pediram demissão. Ou os que continuam trabalhando lá, exaurindo todos os seus conhecimentos médicos para tentar suprir a falta de condições de atendimento e dar aos pacientes, pelo menos, o consolo de uma morte minimamente assistida. Não se pode imaginar que a situação no HGE vá piorar. Ninguém que trabalhe ou vá até ali em busca de atendimento ou acompanhando uma pessoa doente acredita que isso vá acontecer. Afinal, o que poderia ficar pior do que já está ali no HGE?

Nem mesmo a crescente falta de médicos, pela desistência de efetivos e prestadores de serviço, deve fazer muita diferença. Se médico fosse importante e necessário no serviço público, o governo respeitaria, trataria com decência, remuneraria dignamente. Médico que se preza, que valoriza seu diploma, seus investimentos em pós-graduação e a experiência profissional adquirida tem que promover meios de ser bem pago para exercer a profissão. É importante ter reconhecimento e também retorno financeiro, pois médico tem conta para pagar, precisa se alimentar, ter onde morar e até cuidar da própria saúde! Isso vale para todos e, principalmente, para os médicos do HGE. Hoje, trabalhar no HGE pode ser um ótimo treinamento para quem quer se dedicar a questões humanitárias, trabalhar em organizações como o Médico Sem Fronteiras, socorrer populações em países miseráveis devastados por fenômenos naturais, como o terremoto que ocorreu semana passada no Haiti. Quem trabalha no HGE está apto a trabalhar em qualquer hospital de campanha. A principal diferença entre o HGE e um hospital de campanha é que o primeiro é de alvenaria e o segundo de lona.

Tem outras diferenças: o segundo, em muitas circunstâncias (como o socorro financeiro de vários países) em geral está melhor aparelhado e abastecido do que o primeiro. Já em termos de qualificação técnica e experiência dos médicos para trabalhar em situações extremas, a equipe que sobrevive no HGE não deixa nada a dever aos colegas que trabalham em situação de guerra ou de catástrofes nos lugares mais miseráveis do planeta.

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