CREMAL, realmente os médicos não são os vilões (Parte 2)


" Depois de três anos de dedicada investigação no interior, o Conselho Regional de Medicina de Alagoas divulgou um relatório em que afirma que as unidades de saúde do Estado estão desaparelhadas (!) e que os médicos trabalham pouco e não cumprem suas cargas horárias. No final da apresentação do relatório, o Cremal anunciou que vai se reunir com os gestores para tentar resolver o problema. Grande iniciativa ".
Início do artigo do SINMED de Alagoas analisando o relatório do CREMAL apresentado no Fórum realizado em 25 de janeiro do corrente ano em sua sede. (leia o artigo completo)


Aproveitando o tema principal do artigo do SINMED de Alagoas o qual foi baseado no relatório do CRM-AL , vamos analisar dois tópicos :

A)As unidades de saúde do Estado estão desaparelhadas

B) Os médicos trabalham pouco e não cumprem suas cargas horárias


Primeira Parte (as unidades de saúde do Estado estão desaparelhadas)

As Unidades de Saúde de Alagoas estão desaparelhadas não é de hoje, sendo notório principalmente para o CREMAL que vem sentando a mesa dos Cavaleiros da Távola Redonda há vários anos .Veja abaixo no Boletim do SINMED datado de 13 de outubro de 2006, com o título:
Conselho apresenta relatório de Inspeção nos ambulatórios 24 horas. Nessa época o CREMAL, já se reunia com o Ministério Público e os representantes da Saúde em Alagoas para encontrarem uma solução.Pelo visto é mais fácil um" camelo passar pelo buraco de uma agulha " .
Clique na imagem para a leitura




No vídeo logo abaixo o CREMAL em dezembro de 2008, apresenta o relatório da vistoria realizada no HGE de Alagoas, com apresentação de fotos, e novamente dando um prazo aproximado de 04 meses para os representantes da saúde sanarem os problemas. A comissão de 12 integrantes do CREMAL, chegou a conclusão que o hospital não tinha condições de funcionamento.Um dos representantes da saúde de Alagoas o médico Vanilo Soares superintendente técnico da SESAU comenta o relatório: " algumas apresentações que foram colocadas,não foram juntadas a ela embasamento técnico ". Das duas uma .Ou os conselheiros do CREMAL não estão preparados técnicamente para a realização de vistorias na saúde, ou foi uma piada de mau gosto !

31.12.2008
Coletiva :
Vistoria do CRM conclui que Hospital Geral
do Estado não tem condições de funcionamento




Segunda Parte ( os médicos trabalham pouco e não cumprem suas cargas horárias )

Em 2006, já se falavam que os médicos não cumpriam a carga horária (clique na imagem logo acima).Parece que esse é o tema predileto e repetitivo na vitrola a tocar um disco arranhado,não pela culpabilidade dos profissionais , porém pela falta de criatividade dos acusadores em gerar um novo tema para justificar a inoperância de um sistema de saúde falido.

Dizer que os médicos trabalham pouco é afirmativa pela ótica de quem professa. É uma avaliação subjetiva, abstrata e não concreta. Estou cansado de escutar dos gestores sobre o tema produção.Na maioria das vezes aquele médico que recheia em sua planilha 200 atendimentos é mais valorizado do que aquele médico que só atendeu 50 pacientes. É a famigerada renda que é produzida para os hospitais,postos de saúde, em cima da escravidão médica. Ainda colaborando com os grilhões impostos a classe ,chegam em mãos dos bajuladores os bilhetinhos de políticos analfabetos impondo mais um atendimento para assim manter a sua popularidade e o seu curral eleitoral. A quantidade subjuga a qualidade, a força subjuga a razão do ético.

Outro aspecto a se analisar é em relação a uma possível existência de médicos "Fantasmas ", que assim justificaria a ausência deles nos postos de serviços.O único local que espírito trabalha é em reunião mediúnica, e olhe lá!

Foi publicado no O Jornal ,um periódico de Maceió uma reportagem do jornalista Odilon Rios a qual tratava do tema, e que o Conselho de Medicina já estava ciente do fato.Confira a reportagem logo abaixo.



PSF no interior tem médicos fantasmas
Prática é comum no Agreste e Sertão do Estado, diz
sindicato; Conselho apura irregularidades no programa


Odilon Rios
Repórter de O jornal

Um esquema de médicos fantasmas do Programa Saúde da Família (PSF) está burlando o Ministério da Saúde e enganando a população de Alagoas. De acordo com o Sindicato dos Médicos, há municípios em que as equipes “migram” para outras cidades, mas as prefeituras embolsam R$ 8.300, em média, depositados da União para os cofres das cidades, como se elas continuassem trabalhando. Para facilitar o esquema, é necessário apenas o CPF do médico.

A fraude foi revelada pelo presidente do sindicato, Wellington Galvão, em reunião com deputados estaduais da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa. Tudo funciona assim, diz o sindicato: o médico muda para uma cidade que paga mais para as equipes do PSF. Na cidade em que trabalhava, a Prefeitura não repõe o profissional, mas envia informações ao Ministério da Saúde explicando que os atendimentos da “equipe fantasma” continuam.

“Isso é grave. É corrupção. Cabe até uma ação de improbidade”, disse o deputado Judson Cabral (PT), da Comissão de Saúde. O Conselho Regional de Medicina também investiga a irregularidade. “Isso cabe inclusive uma auditoria do Ministério da Saúde em Alagoas”, lembrou o petista. “O PSF é problemático, não funciona. Paga-se muito baixo. Esse caso das equipes fantasmas é muito comum no Agreste e no Sertão”, contou Wellington Galvão, sem dizer a lista das cidades e seus profissionais fantasmas.

Irregularidades no sistema de saúde pública

O presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremal), Emanoel Fortes,na Assembléia Legislativa de Alagoas em abril de 2009, disse que o órgão fiscalizou o funcionamento de 247 postos do PSF em 2007 e mais 557 no ano passado, o que representa 90% dos municípios alagoanos e que nessa visita ficou evidente a falta de controle por parte da secretaria de Saúde do Estado (Sesau).

Fortes citou o caso da determinação federal, de que cada equipe do PSF precisa funcionar com, no mínimo, três estetoscópios e outros três tensiômetros e somente 30% dos municípios obedecem a essa determinação. “Fiscalizamos as equipes do mesmo PSF em Maceió e constatamos o caos ainda maior, quando um estetoscópio e um tensiômetros são utilizados por até três equipes do programa”, revelou Emanoel Fortes. Ele também sugeriu que a Assembleia Legislativa fiscalize a aplicação integral dos recursos da saúde nos municípios. Isso porque, segundo ele, alguns não conseguem utilizar totalmente os recursos. De acordo com Fortes, é o caso de Delmiro Gouveia, que deixou de utilizar R$ 1,2 milhão no ano de 2007. Além disso, conforme suas informações, a Sesau não definiu o perfil dos seus hospitais. Com isso, há uma subutilização da rede. “Esse é um reforço ao que estou dizendo, de que falta articulação e acompanhamento por parte da Sesau”, disse Fortes


Nos dias Atuais

Nos dias Atuais nada mudou no HGE e na saúde pública em geral do estado de Alagoas. O vídeo é de 27 de janeiro de 2010,e circula pela internete.São pacientes que estão revoltados pelo descaso e agora estão documentando o seu martírio e de seus familiares.Possuo arquivado incontáveis vídeos,e quase que diariamente recebo um novo.




Conclusão Lógica do Tema:

Os médicos realmente não são culpados pelo descaso generalizado encontrado na saúde de Alagoas, e deveriam receber estímulos salubres para valorizar e melhorar sua autoestima,tão corrompida,destruída, por um processo lento e subliminar implantado pelos parlapatões de carteirinha .



Mário Augusto

A quantidade subjuga a qualidade, a força subjuga a razão do ético.

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