-->

{ads}

As Seqüelas Psicológicas da Tortura | Torture Psychologics sequels


Pensar e dizer a tortura e o genocídio implica um novo estatuto da palavra na sua relação com a crueldade e inaugura uma nova dimensão da função política da palavra.
Michel de Certeau



Este pequeno trabalho foi escrito como parecer técnico elaborado para a Comissão de Direitos Humanos do Conselho Regional de Psicologia, Região IV – Minas Gerais, em julho de 2001, sendo encomendado e aprovado pela Comissão Estadual de Direitos Humanos de Minas Gerais com o objetivo de dar cumprimento às leis sobre indenização dos exprisioneiros da ditadura militar submetidos a torturas. Logo em 2004, pela passagem dos 40 anos da ditadura militar, foi apresentado, em forma oral, no Seminário “Repressão e Medo”, organizado pela Comissão de Acervo da Luta contra a Ditadura e a Comissão de Indenização a ex-Presos Políticos, da Assembléia Legislativa do Estado de Rio Grande do Sul.

Ele aspira a recolher e apresentar algumas das experiências, tanto pessoais como de outros colegas latino-americanos e europeus, que sintetizam o esforço conjunto de muitos anos, trabalhando de maneira solidária com as pessoas que têm sofrido torturas e outras violações graves dos direitos humanos.


Resumo: Analisam-se, no texto, as seqüelas psicológicas da tortura, sendo esta compreendida comoinstituição do Estado e como experiência-limite em diferentes aspectos (as três etapas do processo traumatizante,principais seqüelas somáticas, retraumatização). Estuda-se o incremento das psicoses, a alta porcentagem de suicídios, as dificuldades de reinserção social, as seqüelas crônicas trans-geracionais e a taxa de mortalidade muito superior à normal. Desenvolve-se uma análise detalhada das questões ligadas à indenização das vítimas. Propõem-se instrumentos diagnósticos e terapêuticos apropriados, baseando-se numa crítica clínica do PTSD, numa ampla experiência pessoal e numa bibliografia internacional atualizada.


Palavras-chave: tortura, seqüelas psicológicas, processo traumáticos,
psicodiagnóstico.
Alfredo Guillermo Martín Universidade Federal do Rio Grande


Leia outros artigos :

Postar um comentário

0 Comentários
* Por favor, não faça spam aqui. Todos os comentários são revisados ​​pelo administrador.
 Postagens Relacionadas