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Técnico não consegue explicar distorções na gratificação
Vanilo Soares foi criticado por médicos e atribuiu código de conduta ao diretor da Santa Mônica
O superintendente de Atenção à Saúde da Sesau, Vanilo Soares da Silva, que se ofereceu para ir ao Sinmed explicar aos médicos, em assembleia nesta segunda-feira (6), sobre as distorções na implantação da gratificação e sobre como o adicional será corrigido, não conseguiu dar nenhuma explicação convincente, foi alvo de duras críticas dos participantes da reunião e, com sua presença, só aumentou a indignação da categoria.
Vanilo Soares não soube justificar o descumprimento da ordem que recebeu do secretário Alexandre Toledo, quanto à implantação da gratificação conforme o acordo feito entre o secretário e o Sinmed, e terminou indo embora depois que a diretoria do Sinmed anunciou que, mais uma vez, trataria do assunto diretamente com o titular da Saúde.
Vanilo Soares tentou explicar o tal código de conduta que impôs uma pontuação para credenciar os médicos a receberem a gratificação. Segundo Soares afirmou na assembleia, diante do auditório cheio, a ideia de criar um código com critérios de merecimento foi do diretor da Santa Mônica, Telmo Henrique.
Um dos critérios - não estar respondendo a processo ético Cremal - atingiu em cheio os obstetras da maternidade, que é referência para alto risco em Alagoas e também mais uma das unidades da rede a não oferecer as mínimas condições éticas de trabalho aos médicos.
Por conta da falta de condições de atendimento da maternidade, ocorrem muitas mortes que poderiam ser evitadas. Revoltadas, as famílias procuram o Cremal para denunciar os médicos, quando na verdade deveriam denunciar a maternidade e processar o Estado. É por isso que muitos obstetras respondem processos éticos. Com o código de conduta, mesmo antes do fim dos processos no Cremal, os médicos foram julgados, condenados e colocados à margem da gratificação.
Mesmo com a extinção do código de conduta e aplicação da gratificação conforme foi acordada, a direção do Sinmed volta a afirmar que o que interessa ao sindicato e à categoria é a implantação do Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos (PCCV) - que já vem sendo tentado desde a primeira gestão do atual governador.
A gratificação foi aceita pelo Sinmed como uma forma de apenas minimizar um pouco a defasagem salarial da categoria médica, mas o tal sistema de pontuação dos médicos conforme o código de conduta, para restringir o direito da categoria ao adicional, transformou o que era irrisório em ridículo e vexaminoso.
"Queremos um PCCV. Essa gratificação se transformou numa palhaçada. O governo deveria ter vergonha de oferecer uma mixaria dessa, e ainda limitar o número de médicos beneficiados. E o uso de um código de conduta por um governo como esse é mais um escárnio com os médicos. Alagoas está um caos em todos os setores, não apenas na Saúde. Segurança, educação, infraestrturura - nada nesse Estado funciona, por causa desse governo inépto, omisso e irresponsável. E ainda querem impor código de conduta? Só pode ser piada", afirma o presidente do Sinmed, Wellington Galvão.
Na próxima segunda-feira (13), o Sinmed vai realizar uma nova assembleia geral, em que a categoria decidirá como vai se comportar diante da nova resposta que for dada pelo titular da Sesau. Além de discutir a gratificação, o Sinmed conversará com a categoria sobre a intensificação da mobilização em torno da implantação do PCCV.
As condições de trabalho - incluindo sobrecarga e superlotação - serão colocadas em pauta visando mais ações da categoria para pressionar instituições como o Ministério Público e Defensoria pública, além da população, a exigir providências para a melhoria da rede pública de assistência- notadamente as urgêrncias e emergências.
Fonte
Ascom Sinmed
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