Desde o início do mês, as necropsias do IML de Maceió estão sendo feitas no Serviço de Verificação de Óbitos, no turno da tarde. O local não tem estrutura para abrigar os dois serviços – IML e SVO. Por isso, as necropsias das pessoas mortas por causas naturais estão sendo prejudicadas; os corpos que chegam ao SVO à tarde ou à noite só podem ser examinados na manhã seguinte. Com relação aos corpos encaminhados ao IML, os que chegam já em estado de decomposição continuam sendo sepultados sem necropsia porque não é possível levá-los ao SVO por conta do mau cheiro.
A permanência dos serviços do IML no SVO, onde existem apenas duas mesas de exames, tem que ser provisória. O governo precisa, com urgência, definir um local adequado para instalação do IML, com todos os seus serviços, até que seja construído um novo e definitivo prédio para o instituto. Mas quem tem cobrado essa definição observa, com tristeza, o desinteresse do governo em resolver o assunto.
O governo é lento, moroso, age a passos de tartaruga. Essa questão do IML não era para estar se arrastando há tantos anos. Isso precisa ser resolvido logo. Muitas famílias já enterraram e estão enterrando seus mortos sem necropsia. No futuro, muitos desses corpos precisarão ser exumados, o que vai representar mais sofrimento para essas famílias.
Enquanto não decide o que fazer, o governo continua improvisando e prejudicando médicos e a população, demonstrando total falta de respeito e desprezo pelos sentimentos das pessoas. Foi assim quando decidiu que os corpos encaminhados a Maceió deveriam ser necropsiados no IML de Arapiraca, causando transtornos aos médicos e familiares dos mortos, e é assim agora, quando causa transtornos às atividades do SVO.
SINMED