Os médicos legistas de Maceió e Arapiraca poderão voltar à greve a partir do próximo dia 16, caso o governo não honre o acordo salarial firmado com a categoria. A “bolsa” oferecida para complementação do salário, que deveria ter sido implantada em junho, foi agora condicionada à matricula e participação dos legistas em cursos do governo, condição que não foi colocada durante a negociação que acabou com a greve da categoria.
Quase todos os legistas que atuam no Estado são professores universitários de Medicina Legal, atuando na Ufal, Uncisal e faculdades particulares. Eles não veem sentido na exigência de que façam cursos, como forma de justificar a tal bolsa. Para o Sinmed, o termo “bolsa”, usado pelo governo para atender à reivindicação de reajuste salarial, nunca foi bem visto. O Sindicato sempre quis reajuste de salário e luta pela implantação do PCCV para os médicos da rede estadual.
Atualmente, o salário de um médico legista em Alagoas é de R$ 2.600,00. Os profissionais estão desmotivados e ameaçam pedir exoneração, caso esse valor seja mantido. A categoria deu um prazo ao governo, até o dia 15 de agosto, para que a “bolsa” dos meses de junho e julho seja depositada, no valor combinado. Caso isso não aconteça, a partir do dia 16 as atividades serão novamente paralisadas no Instituto Médico Legal de Maceió e no de Arapiraca.
Na quarta-feira passada, em reunião com o secretário de Gestão Pública, Alexandre Lages, e com o representante da Secretaria de Defesa Social, coronel Edmilson, o presidente do Sinmed, Wellington Galvão, cobrou respostas e informou a decisão dos legistas. Ele advertiu sobre a gravidade da situação e também quanto à intenção de alguns médicos de desistirem do aumento do salário e deixarem definitivamente de trabalhar para o governo.
Sinmed