SINMED TENTA AGILIZAR PCCV
O presidente do Sinmed, Wellington Galvão, se reuniu na semana passada com o secretário da Saúde, Alexandre Toledo, para mais uma rodada de negociação para implantação do PCCV dos médicos da rede estadual. A intenção é que o plano seja implantado ainda em 2012, para que a Sesau possa convocar concurso público e contratar médicos para suprir as carências da rede de atendimento.
A rede estadual de saúde tem atualmente menos da metade do número de médicos que tinha há 10 anos. Nesse período, a população cresceu e a demanda aumentou sobrecarregando o sistema de saúde. Muitos médicos se aposentaram, outros morreram e boa parte dos concursados de 2003 pediu demissão espontaneamente por causa dos baixos salários.
De acordo com registro do Sinmed, a rede pública estadual de saúde tem hoje menos de mil médicos efetivos em atividade. Desses, alguns estão afastados por motivo de doença (em muitos casos, doenças causadas pela falta de condições de trabalho) e muitos atuam em serviços burocráticos.
A falta de médicos atinge todos os serviços – urgências, emergências e ambulatórios – e se dá em todas as especialidades. Os baixos salários e a sobrecarga de trabalho afastaram até os prestadores de serviços, que o governo costumava contratar com remuneração superior à dos médicos efetivos para completar as escalas de plantão na rede de atendimento.
Na reunião com o secretário, o presidente do Sinmed começou a traçar uma agenda para implantação do PCCV. Nos primeiros entendimentos com Toledo, a previsão era de que o plano começaria a ser implantado neste mês de agosto – o que não aconteceu. Agora, a ideia é de implantação antes do final deste ano.