O Ministério da Saúde do Brasil iniciou este mês em Havana um programa de treinamento para um grupo de médicos cubanos que seriam destinados para uma missão no país sul-americano.
O Curso Módulo de Acolhimento,Capacitação e Avaliação em português do programa mais médicos,inclui aulas de português, formação em cuidados básicos e noções do funcionamento do sistema público de saúde brasileiro e sua legislação de acordo com informações do Diário Oficial da União (DOU).
O ensino da língua Portuguesa é fornecido por pelo menos cinco professores de instituições federais: Universidade de São Carlos, Universidade de Minas Gerais, Universidade de São Paulo e da Universidade da Integração Latino-Americana (UNILA) no Paraná. Todos os professores foram afastados das suas funções acadêmicas para aulas em Havana entre 1 de Agosto e 7 de Setembro, conforme indicado no DOU, que inclui decretos e nomeações do poder público.
Um contingente de reserva
Para a preparação dos médicos cubanos em temas do sistema público de saúde brasileiro, um médico e professor universitário especializado em medicina de família e saúde coletiva viajou para Havana.
Integram também a chamada Missão Internacional do Módulo de Acolhimento os coordenadores do programa Mais Médicos, Jerzey Timoteo Ribeiro Santos e Vinícius Ximenes Muricy da Rocha, representantes dos Ministérios da Saúde e Educação, respectivamente. Segundo a notificação oficial, os funcionários do governo foram autorizados a viajar para Cuba "para participar da cerimônia de abertura do curso."
De acordo com o Ministério da Saúde Brasileiro, não há intenção de aumentar o número de médicos cubanos no país, onde já foram enviados mais de 11.000. O objetivo do curso é "criar um contingente de reserva " para agilizar o processo de substituição de profissionais afastados do programa por várias razões, tais como renúncia, deserção ou insubordinação conforme explicou um porta-voz da agência para CaféFuerte.
Até o momento, pelo menos 16 cubanos desertaram da missão no Brasil, três morreram, um foi acusado de assédio sexual a pacientes grávidas, uma médica sofreu um grave acidente enquanto viajava em uma ambulância e várias dezenas decidiram voltar para Cuba alegando problemas pessoais.
Promessas de Rousseff
No entanto, recentemente, já em plena campanha para a reeleição nos comícios de outubro, a presidente Dilma Rousseff prometeu aumentar o Programa Mais Médicos, incluindo especialistas e fornecendo acesso a exames laboratoriais.
Mais Médicos foi lançado por Rousseff em agosto de 2013, em resposta à pressão exercida pelas manifestações de massa em Junho, que revindicavam, entre outras exigências, a melhoria dos serviços públicos. O programa procura trazer cuidados médicos a áreas carentes e remotas, onde faltam profissionais de saúde, e é um dos pilares da presidenta em seu propósito de ganhar mais um mandato.
A demanda por médicos cubanos se espalhou para o Equador, onde um grupo de 200, de mil solicitados pelo presidente Rafael Correa chegou na semana passada ao país andino. O grupo se juntou a outros 200 que chegaram no meio do ano como parte de um programa de cooperação bilateral.
Os Médicos serão colocados em hospitais administrados pelo Ministério da Saúde Pública e do Instituto Equatoriano de Segurança Social. Alguns deles vão cumprir um programa semelhante ao Mais Médicos Brasileiro,e serão enviados para servir em áreas remotas, como a Amazônia.
Traduzido e editado pelo Blog Alagoas real
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