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Em 2002 a Funasa desmentiu o alerta para as chances de urbanização da febre amarela no Brasil

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Durante o simpósio ( 3º Congresso de Clínica Médica do Estado do Rio de Janeiro) “A Reurbanização das Doenças Tropicais”, o especialista em Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Marcos Boulos, afirmou que a possibilidade de surtos urbanos é concreta, diante da globalização e da grande circulação de pessoas pelo mundo. 


Os especialistas reunidos no Congresso afirmam que a não-ocorrência de surtos de febre amarela urbana chega a ser surpreendente, já que o mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue e também do vírus amarílico nas cidades – está disseminado pelos municípios brasileiros.


urbanização da febre amarela
Brasil 2002 : Ministério da Saúde desmente possibilidade de urbanização da febre amarela




Veja o texto publicado a época no site da Bibliomed


"A Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão executivo do Ministério da Saúde, desmentiu as informações divulgadas durante o 3º Congresso de Clínica Médica do Estado do Rio, que alertaram para as chances de urbanização da febre amarela no Brasil. Durante o simpósio “A Reurbanização das Doenças Tropicais”, o especialista em Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Marcos Boulos, afirmou que a possibilidade de surtos urbanos é concreta, diante da globalização e da grande circulação de pessoas pelo mundo. Os especialistas reunidos no Congresso afirmam que a não-ocorrência de surtos de febre amarela urbana chega a ser surpreendente, já que o mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue e também do vírus amarílico nas cidades – está disseminado pelos municípios brasileiros. 

A Funasa rebate as informações e garante que os riscos de reintrodução da doença em ambiente urbano são mínimos. O órgão explica que a febre amarela urbana foi erradicada do País em 1942. Desde então, o Brasil só registra casos silvestres da doença, comuns nas regiões onde existem florestas e macacos. O macaco é um reservatório natural do vírus da febre amarela. Nas áreas silvestres, a doença é transmitida pelo mosquito Haemagogus sabethes. Nas regiões de florestas, não é possível erradicar a doença. Por isso, a única defesa do homem contra o vírus amarílico é a vacina. De 1998 a 2001, cerca de 61,3 milhões de pessoas foram imunizadas nas regiões consideradas de risco – Norte, Centro-Oeste, além do Maranhão, Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em 2000, o Brasil registrou 85 casos silvestres da doença; em 2001, 41. Este ano, cinco casos foram notificados. Os números, segundo avaliação do Ministério da Saúde, são insignificantes. 

Em nota oficial, a Funasa afirmou que está atenta à ocorrência dos casos, apta a detectar qualquer surto e agir rapidamente. “A hipótese de surtos urbanos é remota, até porque temos condições de isolar rapidamente os episódios, vacinando todos os viajantes e moradores das regiões atingidas”, esclareceu. A Funasa alerta que a vacina continua disponível gratuitamente nos postos de saúde para as pessoas que residem em áreas de risco e que ainda não foram imunizadas, além dos viajantes que se desloquem para as regiões endêmicas. A dose precisa ser tomada dez dias antes da viagem para garantir a proteção. 

A febre amarela é uma doença grave, que pode levar a óbito em uma semana. Não existem formas de controlar a circulação do vírus amarílico nas matas. A vacina é considerada 95% eficiente e precisa ser tomada a cada dez anos. Os sintomas mais comuns da enfermidade são febre, calafrios, dores de cabeça e nas articulações, prostração, náuseas e vômitos. Nas formas fulminantes, a febre amarela compromete o fígado e os rins, podendo causar manifestações hemorrágicas."

Editado pelo Blog Alagoas real
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Fonte:
Texto site Bibliomed



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