O Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal) realizou no dia 28 de julho de 2011, a primeira fiscalização do ano ao Hospital Geral do Estado, acompanhado pela diretoria do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Através de um termo de ajuste ficou acordado na ocasião que no período de 60 dias as irregularidades constatadas na visita deveriam ser resolvidas , caso contrário ,o Ministério Público Alagoano seria acionado conforme foi o relato do médico Fernando Pedrosa ,Presidente do Conselho Regional de Medicina de Alagoas.
Pedrosa teceu ainda comentários sobre o que foi visto no HGE:
“Encontramos 81 pacientes a mais do que o número de leitos: 260, atualmente. Esse excedente, distribuído pelos corredores, em condições impróprias para uma recuperação digna, gerando dificuldade também para os médicos prestarem uma boa assistência.
Nos anos anteriores fizemos a mesma denúncia de superlotação ao Ministério Público, mas em 2010 o Estado respondeu aos promotores de justiça que vai resolver a questão com o prédio anexo, onde serão abertos mais 200 leitos. Infelizmente isso não vai resolver. O governo precisa dar resolutividade ao sistema, dotando as unidades de atenção básica da infra-estrutura necessária à prestação de um serviço de qualidade”,
Segundo Fernando Pedrosa, faz parte das atribuições do Cremal zelar, fiscalizar e exigir que as unidades de saúde funcionem em conformidade com os parâmetros da lei, e que visam garantir condições viáveis ao exercício da medicina. “Por isso nos mantemos atentos, registramos o que observamos, tudo é documentado e acordamos um termo de ajuste para que dentro de 60 dias as irregularidades sejam sanadas. Do contrário, acionaremos o Ministério Público”, explicou Pedrosa.
Ainda durante a visita ao HGE-AL em 28 de julho do corrente ano , o 3º vice-presidente do CFM, Emmanuel Fortes, lembrou ainda que em 2010 o Cremal entregou ao governo do estado o relatório das fiscalizações realizadas em todos os municípios, apontando as falhas e sugerindo investimentos, mas os problemas continuam. ‘É preciso que o governo mostre se está aplicando os 12% do orçamento total do estado na área da saúde, como e onde está investindo. Existe defasagem salarial dos médicos, escassez de medicamentos, equipamentos obsoletos que limitam a realização de exames de diagnóstico, deficiência de leitos, enfim, a saúde está na UTI, quando deveria ser tratada com prioridade”, disparou, enfatizando que a população merece dignidade principalmente no momento em que precisa de cuidados com a vida.
Em em 05 de setembro de 2011, a vereadora Heloisa Helena escreveu em seu twitter, fazendo referência ao HGE, no período em que esteve internada na instituição : "Agradeço muito a generosidade e competência dos profissionais do Hospital Geral/U.E...Mesmo no Caos da Ausência de Condições de Trabalho! Conviver c/bactérias multi-resistentes, numa cama ao lado dum banheiro... em Hospital há 3 dias sem gaze, compartilhando aparadeiras, etc..."
Recentemente , no dia 09 de outubro de 2011 foi noticiado a morte de uma criança de um ano no HGE supostamente provocada por corpo estranho presente nas vias aéreas (caroço de amendoim) .
"Chegamos com ela no início da tarde e ela só veio receber atendimento quase 18 horas. Os médicos e enfermeiros disseram que o caso era grave, mas não podiam fazer nada porque o aparelho de endoscopia estava quebrado. Disseram que iriam tentar um emprestado na Santa Casa, mas às 20 horas minha filha morreu", contou chorando Flávio Antônio.
O caso está sendo apurado pelo promotor da Vara da Infância e da Juventude, o Dr. Luiz Medeiros, que confirmou a possibilidade de solicitar a instauração de um inquérito policial para investigar o que realmente aconteceu.
O prazo dado aos gestores do Hospital Geral do Estado de Alagoas para sanarem as irregularidades já terminou há 17 dias ,para tanto basta somente contar os 60 dias que foram pactuados na data de 28 julho de 2011.- resta saber se houve ou não o cumprimento de mais um dos incontáveis acordos entre o CREMAL- HGE (SESAU-AL) !
Não podemos aceitar como cidadãos a convivência com a insegurança na saúde devido as tenebrosas histórias do sistema hospitalar Alagoano, representado principalmente pelo HGE. São sempre as mesmas há vários anos contadas através dos Acordos,TACs,promessas,sindicâncias e mortes nas terras ditas de um Menestrel !
Mário Augusto
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