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UOL Notícias viu cenas da superlotação no HGE e confirma o caos na Saúde de Alagoas

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Carlos Madeiro
Especial para o UOL Notícias
Em Maceió

A greve dos médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) que já dura oito meses em Alagoas fez o número de internações no Hospital Geral Estado (HGE), único hospital público que hoje recebe casos de urgência e emergência em Maceió, crescer quase 60% nos primeiros meses deste ano.

Nos corredores do hospital, a reportagem do UOL Notícias viu cenas da superlotação. Os pacientes se aglomeram em macas pelos corredores, enquanto os poucos atendentes se desdobram para tentar prestar o serviço. As instalações do hospital mostram precariedade em detalhes como a farmácia. Na área de atendimento à emergência, a superlotação é evidente.


As reclamações são constantes. "É esse o novo hospital que o governador disse que ia salvar nossa saúde. Não tem uma cama para ele", gritava José Firmino na emergência, enquanto seu pai seguia "internado" no corredor da unidade.

Já a dona-de-casa Maria da Penha esperava o filho, de 16 anos, ser transferido do HGE. Com um problema cardíaco, ele conseguiu uma transferência dele para um hospital da rede privada. "Estou esperando desde as 11h30 um médico somente para dar a assinatura autorizando. São quase 15h e não consegui. Ficam dizendo que o médico não chegou", disse a mãe do adolescente.


Os cerca de 300 profissionais que prestam serviços ao SUS no Estado decidiram, na última segunda-feira (2), pedir descredenciamento em massa. A decisão foi em protesto contra os baixos valores pagos pelo sistema e a falta de complemento da tabela SUS por parte do Estado e do município de Maceió. Os médicos esperam reunir pelo menos 90% das assinaturas pedindo a saída até o fim do mês para entregarem todas ao Ministério da Saúde.

Por conta da superlotação, outro hospital em Maceió precisou de uma atitude mais drástica. A Santa Mônica, única maternidade pública a atender parturientes de alto risco em Alagoas, suspendeu por mais de 15 horas o recebimento de novos pacientes, entre esta quinta e sexta-feira. O motivo foi a superlotação do berçário. Um cartaz foi colocado na porta da unidade pela direção. Os casos mais graves foram encaminhados ao Hospital Universitário, que também atende a gestantes pelo SUS.

Fotos do HGE UOL NOTÍCIAS

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