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O gasto de horrores em Alagoas com publicidade sobre falsos avanços na Saúde e Segurança Pública,enquanto os médicos ganham salários de fome!

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SALÁRIO DE FOME AFASTA MÉDICOS

Governo já não consegue contratar prestadores de serviços por falta de profissionais no mercado; nos fins de semana, ambulatórios não conseguem fechar as escalas

O Sindicato dos Médicos pediu audiência ao secretário estadual da Saúde, Herbert Motta, para falar de PCCS e da preocupação com a falta de médicos no Estado. O problema decorre dos baixos salários, que desestimula a permanência dos profissionais em Alagoas. O Sinmed já tentou de tudo para sensibilizar o governo quanto à necessidade de criar uma política salarial digna para a categoria, mas todos os esforços tem sido em vão. O projeto do Plano de Carreiras, Cargos e Subsídios (PCCS) não evolui por absoluto desinteresse do governo.

Cansados de esperar por melhoria salarial, muitos médicos pediram demissão e trocaram Alagoas por outros estados ou pela rede privada. A falta de especialistas na rede estadual de saúde é preocupante e a tendência é se agravar. O fato de Alagoas ter duas universidades formando médicos todos os anos não é indicativo de solução para esse problema. Os que se formam aqui e saem para fazer residência ou pós-graduação fora, e optam por atuar no serviço público, não estão retornando porque centros de diagnóstico e hospitais da rede privada, atendendo pacientes de convênio ou particulares. E não querem nem ouvir falar de rede pública.

Recentemente, médicos dos estados de Pernambuco e do Mato Grosso conquistaram uma política salarial justa, depois de prolongadas greves e muita negociação. No Piauí, os médicos ainda tentam negociar com os gestores, mas já tem data marcada e oficialmente anunciada para início de uma paralisação geral na rede de atendimento do Estado e também da capital, Teresina: 2 de dezembro. São exemplos como esses que os médicos alagoanos poderão seguir, caso o governo insista em ignorar a grave situação salarial da categoria.

Em Alagoas, o governador prometeu implantar o PCCS dos médicos e não cumpriu. Para acalmar a categoria criou uma gratificação imoral e ilegal, que terminou servindo como o “empurrão-zinho” que faltava para que mais médicos desistissem de vez de continuar na rede estadual de saúde.

A gratificação é ilegal porque o sistema de subsídio adotado pela administração não permite acréscimo de gratificações, abonos e coisas do tipo. E é imoral pelo valor irrisório, que deixou a categoria indignada.

O trunfo usado pelo governo para negar salários dignos aos servidores públicos e não realizar concurso para contratar médicos efetivos é a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), desculpa que virou moda também entre gestores dos municípios. Esse argumento já foi derrubado pelo procurador do Trabalho Rafael Gazzannéo, que classificou a alegação de “absurda e falaciosa, porque as pessoas contratadas ilegalmente recebem remuneração da mesma forma que aqueles que ocupam de forma legal os cargos públicos idênticos.” (Boletim Institucional da PRT/AL – Nº 15). No caso dos médicos, os prestadores de serviços recebem pelo menos cinco vezes mais que os efetivos nas especialidades com mais profissionais no mercado. Naquelas com poucos especialistas, a diferença salarial ainda é maior.

Como os médicos não vão aguentar passar a vida toda ganhando salário de fome, por falta de vontade política do governo de criar um sistema salarial justo, o Sinmed está mobilizando os médicos e voltará a discutir a possibilidade sabem que aqui os salários não compensam. Os que retornam vão trabalhar em consultórios, clínicas, de paralisação, para pressionar pela implantação do PCCS.

E o próprio governo está contribuindo com essa mobilização. O gasto de horrores com publicidade sobre falsos avanços na Saúde e Segurança Publica, por exemplo, é revoltante. As propagandas que ocupam generosos espaços em todas as mídias são autênticas peças de ficção. Médicos e usuários da rede estadual de saúde sabem que nada daquilo é verdade. E quanto à Segurança Pública, até a Polícia já sabe que não tem como se proteger da violência que assola o Estado, e que cresce devido ao descaso e à falta de investimentos governamentais em estrutura e recursos humanos.


Fonte

Ascom Sinmed

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