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Há 33 dias, documentos e fotos sobre crise no HGE chegaram a OAB



No dia 4 de maio, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Alagoas recebia documentos e fotos mostrando o caos na saúde pública no maior hospital de atendimento a doentes do SUS- o Hospital Geral do Estado. A promessa era mudar o manjado quadro na unidade- que ainda espera a ampliação da antiga Unidade de Emergência Armando Lajes, na prática, sem data para ser entregue à sociedade. 

A ação da OAB- como tantas outras poderia- ou deveria- ser diferente. A cada minuto, 24 horas por dia, abundam as denúncias de superlotação, falta de estrutura de atendimento, médicos que ameaçam entrar em greve porque o Governo não estaria cumprindo o pagamento de gratificações, enfermeiros ou técnicos trabalhando sem raio X, porque o gerador- na falta de luz- não suporta o funcionamento do equipamento. 

Este é o HGE. 

A OAB não tem apenas a condição de exigir mais empenho das autoridades de investigação- como o Ministério Público Estadual. Pode sobretudo ajudar na melhoria de um serviço público que nenhum Governo- nem o atual- conseguiu avançar para uma condição diferente- como diminuindo as ações na Justiça para atendimentos públicos ou compra de colchões especiais para doentes. 

A Secretaria Estadual de Saúde é alvo de duas investigações- do Ministério Público Federal. Uma por morte de bebês na Maternidade Santa Mõnica; a outra, pela contratação de oscips para gerenciar unidades hospitalares. Isso quando o próprio Tribunal de Contas identificou- no caso da Pro-Saúde-superfaturamento no pagamento de horas aulas a professores. 

O relatório sobre a crise na saúde pode- e deve- ir além das gavetas da OAB alagoana. Não como uma bandeira eleitoral dos que querem usar a ordem para se eleger a alguma coisa, mas para servir de parâmetro a servidores públicos- no caso do hospital- e da população que procura um serviço- público- e recebe como resposta o silêncio das autoridades igualmente públicas. 

Mesmo assim, há esperanças, trinta e três dias depois dos papeis terem chegado às mesas sempre elegantes e refinadas do casarão do Centro de Maceió. Agora, com um terreno em Cruz das Almas valendo R$ 20 milhões- doação do Governo.

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