NOVO CORONAVÍRUS : CASOS FATAIS CONFIRMADOS NA JORDÂNIA

Coronavirus:
causa comum de resfriado. Podem ainda causar pneumonia e gastroenterite. Entre os coronavírus encontra-se também o vírus causador da forma de pneumonia atípica conhecida por SARS.



Após a notificação de mais 1 caso fatal de infecção pelo novo coronavírus na Arábia Saudita (OMS/WHO ; 28/novembro/2012), em 30/novembro/2012 houve a notificação, pela OMS/WHO, de 2 casos fatais adicionais, ocorridos na Jordânia, elevando à 9 o número de casos confirmados laboratorialmente.

Os 2 casos da Jordânia agora notificados ocorreram em abril/2012. Na ocasião, detectou-se um número aumentado de casos de pneumonia grave no país, levando o Ministério da Saúde da Jordânia a solicitar prontamente o apoio de uma equipe do WHO Collaborating Centre for Emerging and Re-emerging Infectious Diseases (NAMRU-3) a fim de colaborar com as investigações laboratoriais. A equipe do NAMRU-3 se deslocou à Jordânia e realizou a análise laboratorial de diversas amostras colhidas de indivíduos envolvidos no surto.

Em 24/abril/2012 a equipe do NAMRU-3 informou ao Ministério da Saúde da Jordânia que todas as amostras testadas haviam sido negativas para os coronavírus já conhecidos e outros vírus respiratórios. Como o novo coronavírus ,agora descrito ,não havia sido identificado naquele momento, não havia testes específicos para seu diagnóstico.

Em outubro/2012, após a descoberta do novo coronavírus as amostras armazenadas foram enviadas pelo Ministério da Saúde da Jordânia para o NAMRU-3.

Em novembro/2012, após realização de novos exames laboratoriais, o NAMRU-3 confirmou (retrospectivamente) 2 casos de infecção pelo novo coronavírus [dentre os casos envolvidos no surto de abril/2012 

O Ministério da Saúde da Jordânia solicitou (novamente) à OMS/WHO apoio para investigação dessas infecções. Equipe da OMS/WHO Eastern Mediterranean Regional Office (EMRO) chegaram à Amã capital
da Jordânia em 28/novembro/2012 para auxiliar nas ações de vigilância epidemiológica e no fortalecimento dos sistemas devigilância sentinela para infecções respiratórias agudas graves (severe acute respiratory infections - SARIs).

Em resumo, até o momento, houve a confirmação laboratorial de 9 casos de infecção pelo novo coronavírus: 5 casos (3 óbitos) na Arábia Saudita; 2 casos no Catar; 2 casos (ambos óbitos) na Jordânia.


No mês de abril/2012 o Communicable Disease Threats Report - European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC) reportou um surto de doença respiratória aguda grave em unidade de terapia intensiva de hospital em Zarqa (Jordânia), que acometeu 7 enfermeiros e 1 médico entre 11 casos (1 óbito) identificados .Veja
Na ocasião não foi identificado agente etiológico implicado no surto.



De novo: a cada surto comunitário de doença respiratória notificado, a cada novo vírus respiratório identificado, com o risco de disseminação de patógenos de alta virulência (influenza H5N1) e diante da ocorrência de 2 pandemias no século atual(SARS-Cov/2003; H1N1/2009), fica cada vez mais evidente e consolidada a necessidade de permanente (re)avaliação e incremento dos sistemas de vigilância e da estruturação de uma rede laboratorial, ambos capazes de detectar agravos inusitados, identificar patógenos emergentes, diagnosticar doenças e subsidiar ações de prevenção e controle.

Nesse contexto, estão a vigilância sindrômica, a vigilância baseada em serviços sentinelas, o fortalecimento da rede de monitoramento da circulação de vírus respiratórios, a ampliação da utilização de testes rápidos de triagem (como os painéis de vírus respiratórios) em serviços de saúde, o aprimoramento dos sistemas de informação (permitindo maior integração entre as áreas de vigilância epidemiológica/laboratório de referência), a capacitação dos serviços de controle de infecção hospitalar no âmbito das medidas de prevenção da transmissão de patógenos emergentes em serviços de saúde...

Enfim, uma extensa lista de necessidades, tarefas... e obrigações.

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