Durante ato promovido por entidades médicas na Câmara, diversos parlamentares manifestaram apoio às reivindicações. Foto de Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados |
O presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto D'Ávila, não descartou a paralisação da categoria, que se mobiliza contra o programa do governo para contratação de profissionais estrangeiros, contido na Medida Provisória (MP621/13) que institui o Programa Mais Médicos, e contra os vetos presidenciais à Lei do Ato Médico (12.842/13).
Roberto D'Ávila disse que a intenção não é prejudicar a população, mas admitiu que interromper o atendimento é uma possibilidade. "Vai depender de que maneira nós vamos ser combatidos e desrespeitados. Ao desrespeito, nós vamos reagir com desrespeito também."
O governo e outras categorias da saúde, como fisioterapeutas e psicólogos, alegam que, da forma como aprovada pelo Congresso, a lei comprometeria a atuação integrada dos profissionais do setor e contrariaria diretrizes do SUS.
As entidades médicas discordam e argumentam que, no ingresso de uma pessoa em um programa de saúde pública, quem faz o diagnóstico de um paciente com tuberculose, por exemplo, é o médico e uma equipe multiprofissional elabora em conjunto o programa terapêutico.
A próxima sessão do Congresso para votação de vetos está prevista para 20 de agosto.