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Instituto Adolfo Lutz confirma que criança de seis anos morreu por febre maculosa

Amblyomma cajennense
A Secretaria de Saúde confirmou nesta segunda-feira (2) que a morte da garota de 6 anos, Sofie Moura Merique, foi em decorrência da febre maculosa, conforme resultados dos exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz. A aluna Emef Joel Job Fachini faleceu e foi sepultada no dia 13 de agosto.
Por causa dos sintomas apresentados pela paciente, as suspeitas investigadas envolviam também meningite e dengue, que foram descartadas após as análises. O laudo conclusivo foi encaminhado à Vigilância Epidemiológica na semana passada.
Os agentes trabalham agora na identificação de locais prováveis de infecção. A ação é realizada em conjunto com a Sucen (Superintendência de Controle de Endemias).
A febre maculosa é transmitida pelo carrapato-estrela ou micuim infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii. Esse carrapato hematófago pode ser encontrado em animais de grande porte (bois, cavalos, etc.), cães, aves, roedores e, especialmente, na capivara, o maior de todos os hospedeiros naturais.
O período de incubação varia de 2 a 14 dias. Inicia com febre, dor de cabeça (cefaléia), dores musculares(mialgia), náuseas e vômitos. Entre o 3º e 4º dia surgem as manifestações cutâneas como manchas (máculas) papulares róseo avermelhadas, predominando nos membros erradiando para palmas, solas e tronco.
Se não tratado, o paciente evolui para um estágio de mal-estar caracterizado pela diminuição da sensibilidade (torpor), confusão mental, freqüentes alterações psicomotoras, chegando ao coma profundo. Icterícia leve e convulsões podem ocorrer na fase terminal.
A indicação do tratamento deve ser baseada principalmente na suspeita clínica e no histórico de acesso a áreas com infestação de carrapatos A letalidade diminui drasticamente se o tratamento for feito em tempo hábil. Cerca de 80% dos indivíduos, com forma grave, se não diagnosticados e tratados a tempo evoluem para óbito.


Prevenção e controle

O Instituto Biológico do Governo do Estado de São Paulo recomenda algumas medidas para prevenir e controlar a febre maculosa em humanos, como por exemplo, ter conhecimento de quais são as áreas consideradas endêmicas para a febre maculosa.
Nas regiões onde há presença de carrapatos, deve ser aplicado o controle químico nos animais domésticos e de produção. Em especial, fazer um controle rígido em criações de eqüídeos, e evitar caminhar em áreas reconhecidamente infestadas por carrapatos.
Em casa, manter o gramado aparado e utilizar barreiras físicas no corpo, como camisas e calças e compridas, com a parte inferior por dentro de botas. Bainhas de tecido ou fita de dupla face na parte superior de botas também são recomendadas.
Cuidado especial com cães de áreas urbanas que têm contato esporádico com o meio rural, pois estão mais susceptíveis à infecção. O ideal é que os cães sejam tratados com carrapaticidas imediatamente após o retorno de áreas rurais infestadas por carrapatos.



Pais devem acionar a justiça para investigar possível erro médico

Com a causa de morte comprovada como febre maculosa, os pais da garota Sofie, Rodrigo de Oliveira Merique e Edna Santos de Moura, residentes no Jardim das Nações, podem acionar a justiça para investigar se houve descaso ou erro médico nos atendimentos realizados à filha durante a evolução do quadro clínico, que terminou em óbito.
Munidos dos prontuários de atendimento realizados no hospital da zona leste e no Pronto Socorro da Santa Casa, eles procuraram um advogado para analisar o caso e ver como o casal deve proceder.
“Só de ver os prontuários o advogado nos disse que praticamente dá para ver que houve erro de diagnóstico e descaso no atendimento. Eu relatei o passo a passo dos sintomas que minha filha tinha aos médicos, que eles não conseguiram passar o tratamento adequado”, desabafou a mãe, que após várias vezes buscar atendimento para a menina, foi mandada de volta para sua casa.
Segundo ela, durante a evolução da doença, a garota foi atendida sob quadro de infecção desconhecida, ou apenas uma infecção de ouvido, sinusite e garganta irritada. Porém, segundo relata a mãe, a piora da garota teria ocorrido na noite do domingo (11) após ser medicada com penicilina, já internada da UTI infantil.
“Com orientação do advogado vamos ver o que é possível fazer para investigar se houve erro de diagnóstico e descaso médico, o que pode ter provocado a morte da nossa filha”, finaliza Edna, prestes a dar à luz.

Fonte:http://www.tribunadopovo.com.br/estudante-da-joel-job-morre-em-decorrencia-de-febre-maculosa

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