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ATAQUE A MÉDICOS BRASILEIROS NÃO É “MANIA DE PERSEGUIÇÃO”

Apontados sistematicamente nos últimos meses como responsáveis por tudo que não presta na saúde pública do Brasil, os médicos se defendem como podem. Páginas em redes sociais expõem as condições precárias de trabalho que são oferecidas à categoria em postos de saúde e grandes hospitais do SUS. Os médicos que postam fotos dos seus locais de trabalho, além de seus contracheques, tentam explicar o descaso do governo, que não investe na estrutura, aparelhamento, manutenção e abastecimento da rede de atendimento, além desvalorizar os profissionais, remunerando de forma aviltante a classe médica.

Mas a propaganda governamental é mais forte e, a cada dia, cresce a população que enxerga nos médicos brasileiros os vilões do SUS, que não gostam de trabalhar com pobres, se recusam a atuar em municípios remotos e de difícil acesso, deixando as pessoas desassistidas. Embalada pela campanha do governo federal contra a classe médica, a população acha que os médicos estrangeiros serão a salvação da pátria e que a partir de agora todos terão assistência médica. Não deve demorar muito para que “caia a ficha” e as pessoas percebam que foram enganadas.

Porém, enquanto isso não acontece, tem muita gente tripudiando da categoria. Em todo o Brasil, prefeitos estão demitindo médicos do PSF para dar emprego aos estrangeiros, principalmente aos cubanos. A imprensa a favor do governo não perde a oportunidade de divulgar com destaque fraudes, falta ao trabalho, descumprimento do horário, entre outros, que envolvem uma parcela de médicos que, certamente, é minoria na rede pública de saúde.

Então, diante de um quadro tão adverso para a classe médica, um artigo publicado no início da semana passada na Folha de São Paulo pelo filósofo, escritor e ensaísta Luiz Felipe Pondé, intitulado “O fascismo do PT contra os médicos”, repercutiu fortemente junto à categoria que, afinal, ao sentir-se atacada, agredida, difamada e execrada, de forma tão intensa e sistemática, não está sofrendo de “mania de perseguição”, como muitos já disseram.

O articulista comparou a campanha difamatória da ditadura petista contra os médicos àquela usada pelos nazistas contra os judeus. Diz o texto, logo no início: “O PT está usando uma tática de difamação contra os médicos brasileiros igual à usada pelos nazistas contra os judeus: colando neles a imagem de interesseiros e insensíveis ao sofrimento do povo e, com isso, fazendo com que as pessoas acreditem que a reação dos médicos brasileiros é fruto de reserva de mercado. Os médicos brasileiros viraram os "judeus do PT".
No artigo, Pondé constatou: “A população já é desinformada sobre a vida dos médicos, achando que são todos uns milionários, quando a maioria esmagadora trabalha sob forte pressão e desvalorização salarial. A ideia de que médicos ganham muito é uma mentira. A formação é cara, longa, competitiva, incerta, violenta, difícil, estressante, e a oferta de emprego decente está aquém do investimento na formação”, destacando ainda que “ganha-se menos do que a profissão exige em termos de responsabilidade prática e do desgaste que a formação implica, para não falar do desgaste do cotidiano. Os médicos são obrigados a ter vários empregos e a trabalhar correndo para poder pagar suas contas e as das suas famílias. Trabalha-se muito, sob o olhar duro da população. As pessoas pensam que os médicos são os culpados de a saúde ser um lixo”.



TCU DEVE INVESTIGAR O “MAIS MÉDICOS”

A Federação Nacional dos Médicos (FENAM) questionou junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) a legalidade do contrato entre as ditaduras brasileira e cubana, com intermediação da Opas. Pelo contrato, o Brasil pagou adiantados R$ 510 milhões a Cuba pelo trabalho de 6 mil médicos que deverão ficar no país por três anos. A Organização Pan-Americana de Saúde, que mediou a negociação, levou uma comissãozinha de R$ 24 milhões.

A FENAM pediu investigação para saber se tal acordo tem amparo legal ou se foi apenas mais uma entre tantas ilegalidades e imoralidades que o governo federal anda cometendo.



LEI TERÁ EFEITO RETROATIVO

O projeto de lei que será encaminhado à Assembleia Legislativa para materializar o acordo firmado entre o governo e os médicos da rede estadual terá efeito retroativo a 1º de setembro de 2013. O atraso na conclusão do documento não vai afetar o que foi negociado.

Isso foi confirmado na semana passada, em reunião entre o Sinmed e a Sesau. O projeto de lei define a fixação da GPF e mudanças na Lei do Médico.

SINMED-AL ASCOM

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