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Ponto eletrônico é investimento inútil


O SINMED é a favor da instalação de ponto eletrônico para controlar a carga horária de médicos que atuem nas redes públicas de saúde e nos institutos de medicina legal. Mas defende que, antes da preocupação com o ponto, os gestores pensem primeiro em oferecer condições de trabalho, salários decentes e, muito importante, contratar pessoal para usar os equipamentos de ponto.

Na semana passada foi anunciada instalação de ponto eletrônico no IML de Arapiraca. O investimento é inútil porque não vai resolver o problema da falta de médicos e nem de estrutura de trabalho no local. Os IMLs de Maceió e de Arapiraca não têm contingente de legistas suficiente para atender à demanda de trabalho. Na Capital, o IML funciona em condições de indigência em instalações cedidas pela Ufal.

Maceió aparece em sexto lugar no ranking de cidades mais violentas do mundo, conforme relatório divulgado no início do mês pelo Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Criminal do México. A média é de 88,55 assassinatos por grupos de 100 mil habitantes. É uma demanda imensa para um IML que funciona de forma improvisada.

Hoje, o IML de Maceió precisaria de instalações decentes e de 25 legistas para atender adequadamente à demanda. Conta com apenas nove, dos quais quatro deverão se aposentar em 2014. No concurso em andamento para contratação de legistas foram ofertadas oito vagas, o que significa que o problema da falta de profissionais não será resolvido.

Já o novo prédio do IML da capital, a ser construído na parte alta da cidade, ainda não saiu da prancheta. E nem deve sair mais no atual governo. Com esse, Maceió já conta com quatro IMLs de prancheta usados como promessas de campanhas políticas ao longo da última década. Enquanto isso, as preocupações dos gestores não passam do ponto eletrônico.

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