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Lucro mortal : Surto de coronavírus e a indústria multimilionária do carnaval

Lucro mortal : Surto de coronavírus e a indústria multimilionária do carnaval


Assim como as viagens, o comércio globalizado é vasto, rápido, em alta e um fator de risco significativo para o surgimento de doenças infecciosas

Assim como as viagens, o comércio globalizado é vasto, rápido, em alta e um fator de risco significativo para o surgimento de doenças infecciosas

Quando os surtos se tornam globais (1): migração e saúde pública em tempos de Coronavírus - COVID-19 (SARS-COV-2)

A mobilidade humana,vetores, assim como o transporte de animais há muito tempo estão associados  à disseminação de doenças infecciosas . A peste negra na Europa (2) e a subsequente implementação da estratégia de quarentena (3 ) pela República de Veneza no século quinze são bons exemplos do medo de doenças infecciosas vindas do exterior


A migração é um fenômeno intrínseco da dinâmica populacional, impulsionado por fatores socioeconômicos, políticos,culturais e ambientais . Além dos aspectos citados, a saúde está definitivamente entre as questões mais relevantes relacionadas ao processo migratório e seus fatores. As denominadas migrações pendulares,em tela aquelas que ocorrem dentro e fora do país (3 ), principalmente em períodos de viagens, férias,em grandes eventos ,como o Carnaval(a maior festa popular mundial) favorece a disseminação de patógenos entre cidades e até continentes. Em meio ao surto de coronavírus COVID-19 , o Carnaval pode ser o fator decisivo e a porta de entrada que levará a propagação do coronavírus a toda a América Latina.


Mais uma vez , o Lucro venceu a racionalidade 


Pensando tão somente no prejuízo ( 4 ) que acarretaria as empresas brasileiras conectadas ao circuito carnavalesco (bebidas,turismo,hotelaria,adereços,escolas de samba, transmissão de eventos momescos,restaurantes etc) , e o estado enebriado em avançar uma economia cambaleante , Brasil , alheio ao mundo ,"optou" não prever as graves consequências que poderão advir pós período momesco.
Para amenizar os temores da população durante as epidemias, as autoridades mundiais em saúde costumam  selar as fronteiras internacionais, com maior vigilância e controle as chegadas nos pontos de entrada nas fronteiras, especialmente nos aeroportos e portos. O exemplo disso foi em  2009, após a epidemia de gripe H1N1 que se originou em uma fazenda de porcos no México, alguns aeroportos instalaram dispositivos de triagem térmica para detectar passageiros febris e muitos questionários adotados para identificar viajantes com sintomas recentes de febre. Tais medidas têm pouco efeito na propagação de doenças epidêmicas. Algumas táticas, como o uso de questionários sobre doenças recentes e possível exposição, são fáceis para os viajantes escaparem, além de impedir a entrada de destinos específicos, com viajantes motivados, às vezes, capazes de ocultar sua origem, viajando primeiro para um local não proibido (embora seja provavelmente uma pequena fração de todos os viajantes). De qualquer forma, muitos viajantes portadores de um vírus mortal seriam assintomáticos no momento da entrada. De fato, não há dois aeroportos no mundo separados por mais de 36 horas de voo, um período menor que o tempo de incubação para a maioria das doenças infecciosas.(5)


Segurança Nacional e patógenos

Quando pensamos em segurança nacional, na maioria das vezes direcionamos nossos pensamentos somente ao campo militar: guerras,conflitos internos,terrorismo etc. mas esquecemos que um  patógeno, infinitamente pequeno pode ser o maior vilão de um país.

O coronavírus COVID-19 está impondo a diversas e por vezes poderosas nações , perdas irreparáveis ,sejam elas humanas , e as de bens e serviços.

Imaginem , o tráfego aéreo de um país prejudicado por adoecimentos, ou mesmo mortes de seus controladores. Uma carreira altamente especializada , que não teríamos como recompor de uma hora para outra! O caos poderia se instalar , privando pessoas de voos,transportes de doações de órgãos ,socorro de acidentados,controle de drogas em fronteiras, e a proteção do nosso espaço aéreo realizado pelas Forças Armadas. Profissionais da saúde doentes , incapacitados para prestarem atendimentos a população. Mortes secundárias em decorrência das consequências do processo primário viral; fábricas sem produção, paradas!Produção reduzida de vacinas,medicamentos,luvas,máscaras etc. O homem do campo adoecendo ,levando a redução brusca de alimentos a população. 

Portanto , o que se ganha hoje , será perdido por causa de uma irracionalidade egocêntrica,que subestima a lógica da ciência!


Por hoje é só!

Maceió,24/02/2020

Mário Augusto



Fontes Consultadas:


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