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Dicionário específico para palavras e expressões usadas na Epidemia de Febre Amarela



Dicionário Febre Amarela
Dicionário - Epidemia de Febre Amarela


Definição de Doença : (do latim dolentia, padecimento) designa em medicina e outras ciências da saúde um distúrbio das funções de um órgão, da psique ou do organismo como um todo, que está associado a sinais e sintomas específicos 


Classificação quanto a freqüência (de acordo com a extensão) 


Endemia Presença habitual ( contínua) de uma doença em uma determinada área geográfica( local ou região). 
Surto Ocorrência de aumento do número de casos em uma determinada área geográfica (Escola,Quartel, Creche, Rua, Bairro, etc.) 
Epidemia É a ocorrência de uma doença em uma freqüência não usual 
Pandemia Epidemia em vários países ou até continentes 


Cálculo do Coeficiente de Letalidade (ou Fatalidade) 


Definição: Este indicador mede a proporção de óbitos que ocorrem no total de casos de uma doença ou agravo à saúde. Ele é a medida do risco de óbito entre os doentes. característica ou condição do que é letal. número de óbitos; mortalidade. 


Coeficiente de Letalidade (ou Fatalidade) 

A letalidade expressa a gravidade de uma doença: quanto maior o número de indivíduos, acometidos por uma doença, que vão a óbito, mais grave ela é considerada. 



Número de óbitos por determinada doença x 100 
------------------------------------------------------------ =
 Número de casos da mesma doença 

Exemplo : O Último Boletim do MS do Brasil informa que 1.131 casos foram confirmados. Do total de casos confirmados, 338 evoluíram para o óbito

Número de óbitos da FA (338) X100 
                                    ------------------  = 29,88 %
Casos confirmados da FA       1131
                                      

Portanto a letalidade atual da Febre Amarela no Brasil é de 29,88 . A grosso modo ,isso significa que em cada 10 casos comprovados de Febre Amarela,infelizmente 3 pessoas vão a óbito!

Não existe tratamento específico para a febre amarela. Ela tem tem a capacidade de provocar surtos devastadores A vacinação é altamente recomendada como medida preventiva para viajantes e pessoas que vivem em países endêmicos. 


Dicionário específico para palavras e expressões usadas na Epidemia de Febre Amarela


GLOSSÁRIO


Área Com Recomendação de Vacinação (ACRV): Área com registro histórico de febre amarela (FA) silvestre e, portanto, com recomendação permanente de vacinação. 
Área Sem Recomendação de Vacinação (ASRV): Área sem registro histórico de FA silvestre e, portanto, sem recomendação de vacinação.
Área Com Recomendação de Vacinação Parcial (ACRP): Área afetada quando registrada em regiões metropolitanas, com grandes centros urbanos e elevados contingentes populacionais, para efeito de priorização das populações sob maior risco e priorização da vacinação para bloqueio de foco. Área afetada: Municípios com evidência recente (período de monitoramento – julho a junho) de transmissão do vírus da FA. 

Área ampliada: Municípios contíguos à área afetada. Adicionalmente, também poderão ser incluídos nessa área aqueles municípios dispostos entre distintas áreas de transmissão (afetada e ampliada). Caso humano suspeito de FA: Indivíduo com quadro febril agudo (até 07 dias), de início súbito, acompanhado de (i) icterícia e/ou manifestações hemorrágicas, (ii) não vacinado contra a FA ou com estado vacinal ignorado, (iii) residente em (ou procedente de) área de risco para febre amarela ou de locais com ocorrência de epizootia confirmada em primatas não humanos ou isolamento de vírus em mosquitos vetores, nos últimos 15 dias. 

Caso humano confirmado para FA por critério clínico-laboratorial: Todo caso suspeito que, além dos critérios clínicos e epidemiológicos compatíveis, apresente pelo menos uma das seguintes condições: (i) isolamento do vírus da FA em tecidos ou sangue/soro; (ii) detecção do genoma viral em tecidos ou sangue/soro; (iii) detecção de anticorpos da classe IgM em soro pela técnica de MAC-ELISA em indivíduos não vacinados ou com aumento de 4 vezes ou mais nos títulos de anticorpos pela técnica de inibição da hemaglutinação (IH), em amostras de soro pareadas; (iv) achados histopatológicos com lesões em tecidos compatíveis com FA. Também será considerado caso confirmado o indivíduo assintomático ou oligossintomático, originado de busca ativa, que (i) não tenha sido vacinado e que (ii) apresente sorologia (MAC-ELISA) positiva ou positividade por outra técnica laboratorial conclusiva para a FA. Importante avaliar para além dos resultados laboratoriais, os critérios clínicos e epidemiológicos para encerramento de casos, considerando a elevada incidência e prevalência de outros Flavivirus como os da Dengue, Zika, Saint Louis e do Oeste do Nilo, além do vírus vacinal da FA, em virtude da elevada frequência de reações inespecíficas e/ou cruzadas entre esses arbovírus. Em caso de divergência entre diferentes técnicas laboratoriais para a mesma amostra/animal/ paciente/evento e na ausência de elementos clínicos e epidemiológicos compatíveis, a avaliação deve ser feita caso a caso, em conjunto entre as Secretarias Municipal e Estadual de Saúde e a Secretaria de Vigilância em Saúde, considerando sobretudo a necessidade de recursos e insumos para o desencadeamento de ações de resposta, divulgação e comunicação internacional.

Caso humano confirmado para FA por vínculo epidemiológico: Caso suspeito de FA que evoluiu para óbito em menos de 10 dias, sem confirmação laboratorial, em período e área compatíveis com surto ou epidemia em que outros casos já tenham sido confirmados laboratorialmente. Definição de caso suspeito de FA mais sensível para aplicação em nível focal: Em situações de surto, recomenda-se adequar a definição de caso suspeito, tornando-a mais sensível em nível focal para detectar o maior número possível de casos, levando-se em conta o amplo espectro clínico da doença. Essa estratégia deve ser adotada com cautela e em nível focal, em função da elevada incidência e prevalência de outras flaviviroses de ocorrência urbana e que apresentam similaridade clínica e reações cruzadas em alguns exames diagnósticos. 


Estratégias de busca ativa: Os casos suspeitos captados a partir de estratégias de busca ativa devem trazer essa informação, para fins de avaliação adequada do sistema de vigilância e descrição clínica e epidemiológica dos eventos. 

Caso humano descartado: Caso suspeito com diagnóstico laboratorial negativo, desde que comprovado que as amostras foram coletadas em tempo oportuno para a técnica laboratorial realizada; ou caso suspeito confirmado para outra doença. 
Epizootia de primata não-humano com suspeita de FA: Primata não humano de qualquer espécie, encontrado morto (incluindo ossadas) ou doente, em qualquer local do território nacional.

 Os eventos notificados devem ser classificados em:


Epizootia de primata não-humano “em investigação”: Morte de macaco, constatada em investigação local, com coleta de amostras do animal objeto da notificação ou com coleta de amostras secundárias na investigação (amostras de primatas remanescentes da área, contactantes do animal doente ou morto). Adicionalmente, a investigação na área do Local Provável de Infecção (LPI) pode reunir amostras indiretas para contribuírem na investigação, tais como vetores para pesquisa de vírus, casos humanos sintomáticos ou indivíduos assintomáticos não vacinados, identificados na busca ativa.
Epizootia em primata não-humano confirmada para FA por critério laboratorial: Epizootia em primatas não humanos com resultado laboratorial conclusivo para a FA em pelo menos um animal do LPI (aplicam-se as mesmas técnicas utilizadas em amostras de humanos). 
Epizootia em primata não-humano confirmada para FA por vínculo epidemiológico: Epizootia em primatas não humanos associada a evidência de circulação viral em vetores, outros primatas não humanos ou humanos no LPI. Devem ser considerados o tempo e a área de detecção, avaliando caso a caso, em conjunto com as Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). 
Epizootia em primata não-humano indeterminada: Informação sobre o adoecimento ou morte de macaco, com histórico consistente, sem coleta de amostras para diagnóstico laboratorial. Incluem-se nessa classificação aqueles eventos com histórico consistente em que o animal não foi avistado ou foi encontrada a ossada ou carcaça em decomposição, sem amostra disponível para o diagnóstico laboratorial.
Epizootia em primata não-humano descartada: Epizootia em primatas não humanos com resultado laboratorial negativo para FA ou com confirmação por outras causas.



ATENÇÃO 

Os artigos do Blog Alagoas Real , tem por objetivo a informação e educação em relação a temas da medicina. Eles expressam apenas e tão somente orientações gerais. As informações não devem, de forma alguma, ser utilizadas como um substituto para o diagnóstico e/ou tratamento de qualquer doença sem antes a consulta de um profissional médico.

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