Considerando a aproximação do período sazonal da doença no verão entre 2016 e 2017 e a reemergência do vírus na região extra-amazônica a partir de 2014, todas as unidades federadas devem ampliar a vigilância por meio da notificação de todo evento suspeito (Casos humanos e epizootias de PNH) em até 24 horas, acompanhada da investigação oportuna (em até 48 horas); visando a detecção precoce e a resposta coordenada dos serviços de saúde publica.
Para efeito de intensificação da vigilância, controle e imunização, os municípios com evidência de circulação do vírus (caso humano/epizootia confirmada) são classificados como “área afetada”, e os municípios limítrofes são classificados como “área ampliada” (Figura 5). Para essas duas áreas, são recomendadas as seguintes medidas de vigilância e controle a partir da suspeita:
- Intensificar a vigilância de casos humanos e epizootias em PNH, notificando e investigando os eventos suspeitos oportunamente;
- Realizar busca ativa de indivíduos sintomáticos nas áreas de LPI e imediações;
- Orientar o sistema de saúde regional e alertar para estratégias alternativas para detecção de casos por meio de estratégias que incluam:
- Vigilância de Síndromes febris agudas com icterícia e/ou hemorragia;
- Núcleos de Vigilância epidemiológica hospitalar, e;
- Investigação de óbitos humanos sem causa conhecida
- Realizar busca ativa de PNH doentes ou mortos nas áreas de LPI e imediações;
- Realizar investigação e a obtenção de amostras para o diagnostico etiológico;
- Realizar investigação entomológica, quando indicado;
- (Vide páginas X e X1, disponível aqui)
- Nos focos de regiões da Área Com Recomendação de Vacina (ACRV):
- Realizar vacinação de bloqueio, seletiva: (i) vacinar pessoas ainda não imunizadas ou (ii) que foram vacinadas apenas uma vez na vida e há mais de 10 anos.
- Nos focos de regiões de Área Sem Recomendação de Vacina (ASRV):
- A vacinação de bloqueio deve ser analisada caso a caso e decidida em conjunto por todas as esferas de gestão do SUS (SMS, SES, SVS/MS), que levará em conta as evidências que demonstrem a transmissão ativa; o cenário epidemiológico e a avaliação de risco do evento.
- Ampliar o controle vetorial urbano (Aedes aegypti), como estratégia adicional para reduzir o risco da transmissão urbana.
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